sexta-feira, 24 de abril de 2009

Qualidade ou Economia

Estudando a história da educação espacial e pesquisa sobre esse assunto se conclui os objetivos dos programas de atendimento a esses alunos, na prática estão associados a “barateamento de custos”. A realidade dos recursos destinados a educação especial especializada com percentual é de 1%, o que comprova uma realidade de pouca inclusão e muita economia. Quando a escola especial foi pensada, o objetivo era baixar custos como as escolas não souberam diagnosticar e encaminhar os alunos que realmente precisavam desse atendimento e passaram a encaminhar alunos com dificuldade de aprendizagem, o número de alunos aumentou muito e com isso as despesas. Esse fator somado a resultado de pesquisas sobre a escola especial legitimou o ingresso desses alunos no ensino regular criando uma legislação para garantir o ensino de qualidade para esses alunos. Porém o que vimos é um descaso total sobre o assunto, falta de recursos o que impede a qualidade desses serviços uma vez que os sistemas de ensino com qualidade são os que apresentam alto grau de investimento. Esses dados fazem referência a educação especial de Porto Alegre (Azevedo2000) e também o contexto italiano (Baptista 2004).
Na Itália é apontada como exemplo de atendimento especializado com profissionais especializado atendendo em todas as instituições de ensino comum. Essa experiência italiana de inclusão/integração, apresenta pontos em comum com o trabalho presente na rede municipal de Ensino de Porto Alegre. Essa integração/inclusão reconhecida como de “qualidade”, concentra-se na rede pública dedicada à educação infantil, com investimentos em projetos experimentais com a participação de graduandos nessa área.
Os programas experimentais mencionados no texto de Claudio Roberto Baptista. fazem referência ao inicio desta década. Gostaria mais informações sobre o andamento desses programas e porque programas semelhantes não são desenvolvidas pelo estado, prefeituras em parceria com as universidades.

domingo, 19 de abril de 2009

VALORIZANDO AS ORIGENS

VALORIZANDO AS ORIGENS

“O importante é não estar aqui ou ali, mas SER. E ser é uma ciência feita de
pequenas egrandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa. Quando não
executamosessas observações, não chegamos a ser; apenas estamos desaparecendo”.
Carlos Drummond de Andrade


Ao ler o texto em Busca da Ancestralidade Brasileira de Daniel Munducuru, me reportei a minha infância quando tinha 8 anos e sai da zona rural, já que era filha de agricultor para ir morar com tios na cidade para estudar. Devido as características de criança da “roça”, diferente no modo de ser e agir, fui rejeitada e também relutei a minha condição e tinha vergonha das minhas origens. Sofri muito com a situação e foi o exemplo e sabedoria do meu pai e meu avô paterno, com seu carinho e amor que demonstravam sentir por mim me fizeram reconhecer respeitar e admirar as minhas as minhas origens.
Meu pai e meu avô, hoje falecidos, tinham muito das características do avô do índio Daniel, eram pessoas sábias, de pouca conversa, discretos que com um olhar firme me levavam a refletir sobre minhas ações. Em momento algum alteravam a voz ou eram agressivos. Admirava-os tanto que a minha preocupação em não desapontá-los me levava sempre a refletir sobre as conseqüências de minhas ações. Penso que nos dias de hoje precisamos resgatar valores que estão sendo considerados ultrapassados, está faltando exemplos do índio Apolinário, pois o mandamento da obediência e respeito aos pais e avós é a base para a ordem na sociedade.

sábado, 4 de abril de 2009

Política Educacionais

Pessoas com necessidades de Educação Especial no Brasil

No Brasil os registros demonstram que a educação para deficientes só começou a ser pensada a partir do início da década de 50. Segundo Mendes (1995), durante esse tempo, observamos que a produção teórica referente à deficiência mental esteve restrita aos meios acadêmicos, com escassas ofertas de atendimento educacional para os deficientes mentais.
Somente em meados da década de 90, no Brasil, começaram as discussões em torno do novo modelo de atendimento escolar denominado inclusão escolar. Esse novo paradigma surge como uma reação contrária ao processo de integração, e sua efetivação prática tem gerado muitas controvérsias e discussões.
No intuito de reforçar a obrigação do país em prover a educação, é publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. O capítulo V dessa lei trata especificamente da Educação Especial, expressando no artigo 58 que a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e, quando necessário, deve haver serviços de apoio especializado.
É interessante considerar que os serviços especializados e o atendimento das necessidades específicas dos alunos garantidos pela lei estão muito longe de serem alcançados. Identificamos, no interior da escola, a carência de recursos pedagógicos e a fragilidade da formação dos professores para lidar com essa clientela.
Em lei, muitas conquistas foram alcançadas. Entretanto, precisamos garantir que essas conquistas, expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo não tem conseguido garantir a democratização do ensino, permitindo o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos do ensino especial na escola.
Entretanto, não podemos negar que a luta pela integração social do indivíduo que apresenta deficiência foi realmente um avanço social muito importante, pois teve o mérito de inserir esse indivíduo na sociedade de forma sistemática, se comparado aos tempos de segregação, porém precisamos de políticas que contemplem as escolas, com os recursos necessários, para que possam efetivamente incluir alunos com necessidade de educação especial.