terça-feira, 28 de outubro de 2008

: A perspectiva marxista de educação. Marx e Mészáros

REFLEXÃO


Após realizar as leituras propostas e participar do fórum, me dei conta do poder que o capitalismo exerce sobre os diversos setores da sociedade ao qual se inclui a educação. O texto de Marx me levou a uma tomada de consciência com relação a importância do tempo para o desenvolvimento humano. Vivemos em um país capitalista e acabamos nos transformando em uma besta de carga em busca de bens materiais, valorizando o ter em detrimento do ser, competindo e produzindo riqueza alheia.
O sistema capitalista comanda as nossa ações, direcionando as políticas sociais, de acordo com os seus interesses. A ideologia capitalista é defendida pelo estado, pelos meios de comunicação e na maioria das vezes o povo é usado como massa de manobra, acreditando estar defendendo seus direitos. A escola, através das orientações que recebe do estado ou de projetos para educação, elaborado pela classe dominante que defende apenas o que é bom para a sua classe, também serve a classe dominante.
A classe trabalhadora avançou em suas conquistas, mas as reivindicações de Marx ainda persistem até os dias de hoje. A classe operária encontra-se obscurecidas pela ideologia dominante, sem compreensão de seus verdadeiros interesses. Hoje o homem que, encontra-se empregado não abre mão de sua hora extra, mesmo que isso represente aumento de desemprego ou trabalho informal.
Outra forma de alienar o homem, defendida pelo grande iluminista Adam Smith, que embora comprometido com a reprodução capitalista, é a divisão do trabalho, em que o homem fica condicionada a tarefas repetitivas limitando a visão do homem e o transformando em pessoa de poucas idéias. Está situação é vivida pelos trabalhadores do setor calçadista.
Quanto mais nos informamos mais tomamos consciência do quanto somos manipulados. Espera-se que este período esteja, próximo de mudar, quando o estado garanta uma educação de QUALIDADE , em que a massa da humanidade se torne iluminada e que o homem seja capaz de gerir sua vida conscientemente em busca de seu desenvolvimento pleno.

sábado, 25 de outubro de 2008

NATUREZA DOS RECURSOS DO FUNDEB

LEI No 9394, de 20 de setembro de 1996, ESTABELECE DIRETRIZES E BASES PARA EDUCAÇÃO.
O FUNDEB é um Fundo meramente contábil e seus recursos são repassados automaticamente para a conta do município:
"Art. 3º - Os recursos do Fundo previstos no art. 1º serão repassados, automaticamente, para contas únicas e específicas dos Governos Estaduais, do Distrito Federal e dos Municípios, vinculados ao Fundo, instituídas para esse fim e mantidas na instituição financeira de que trata o art. 93 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966."
A transferência desses recursos decorre da lei e não da vontade do repassador, ou seja, é uma transferência obrigatória e não voluntária
O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB precisa conhecer a legislação para colaborar conscientemente no planejamento dos recursos que é de extrema importância para a melhoria do ensino.
Na avaliação das prestações de contas o Conselho deve atentar para os percentuais destinados ao pagamento de pessoal e manutenção do ensino. Do total recebido 60 % devem ser aplicado no pagamento de professores e 40 % na manutenção de prédios, mobiliários e equipamentos e o que for necessário para qualificar o ensino. Estas contas também são avaliadas pelo tribunal de contas do estado.
A comunidade muitas vezes reclama da mau aplicação dos recursos ou nem sabem de sua existência, bem como dos conselhos. Acredito que esses conselhos deveriam ter o compromisso de divulgar em seu seguimento os valores disponíveis para o município e onde estão sendo aplicados, participando efetivamente desse conselho e não apenas legitimando algo que às vezes nem avaliam como deveriam.
Os professores municipais deveriam estar mais atentos acompanhamento dos trabalhos do Conselho Municipal do FUNDEB, visto que 60% deste fundo é destinado ao pagamento de seus salários e fiscalizar o seu cumprimento para fazer valer seus direitos. Os professores precisam saber usar o poder que têm para resgatar seu prestígio perante a sua comunidade

sábado, 11 de outubro de 2008

CONCEPÇÕES E NORMAS DE CURRÍCULO E DE AVALIAÇÃO

NA MINHA ESCOLA É ASSIM

A escola, consciente de sua responsabilidade pela sociedade que está formando trabalha em busca de um ensino de qualidade para todos. Cada um deve fazer sua parte da melhor forma possível. Deve acreditar que alguma coisa sempre ficará com a criança, os professores são os grandes plantadores dessa semente do desejo.
A escola deve rever sua função social na comunidade na qual está inserida, pois não é uma entidade isolada no mundo, mas formadora de pessoas pensantes, críticas e atuantes na sociedade.
A escola tem a missão de desenvolver no aluno, competências que permitam a formação integral, afetiva, cognitiva, moral e social, auxiliando-o a fazer as conexões necessárias para enfrentar diferentes situações, levando o aluno a converter os problemas em oportunidades, utilizando os conteúdos sistematizados como meio de desenvolver suas habilidades.
O professor é o líder e co-responsável pelo conhecimento, integração e transformação social, o que exige estar em constante aperfeiçoamento.
Gestão Democrática
“A gestão democrática implica principalmente o repensar das estruturas de poder da escola tendo em vista a socialização.” (Passos, 1998. pág. 18)
Nossa prática tem proporcionado a todos os segmentos uma participação na tomada de decisões a serem tomadas, valorizando todas as opiniões, fazendo com que todos sintam-se parte do processo.
Valorização Profissional
“ Nunca se precisou pedir tanto do profissional e nunca se deu tão pouco a ele, tanto do ponto de vista da formação, quanto da remuneração e das condições de trabalho. (Vasconcelos, 1998, pág. 34).
Em nossa escola buscamos oportunizar momentos de formação, tanto na escola trazendo palestrantes ou em trocas de experiências e oficinas organizadas pelas próprias professoras, como em participação de cursos ou seminários.
A avaliação em minha escola requer muito estudo, leitura e reflexão, pois os professores avaliam de forma participativa, sistemática, durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
O objetivo de nossa avaliação é promover nossos alunos, por isso deve respeitar e ver o educando como um todo, promover atividades que estimulem sua capacidade física e mental, oportunizando um crescimento individual e coletivo. A cada final de ano o corpo docente da escola se reúne para avaliar o resultado dos trabalhos realizados durante o ano letivo em todos os seguimentos onde o foco principal é a aprendizagem do aluno. Este ano a avaliação dos resultados dos trabalhos desenvolvidos se deu no momento em que a escola recebeu os resultados do SAERS, analisando os resultados, para diagnosticar as defasagens de aprendizagem a fim de repensar nossa prática e estabelecer novas estratégias.
A avaliação da escola faz parte do processo administrativo e pedagógico, respeitando os objetivos expressos no PPP.
Os resultados de cada etapa avaliada servem de diagnóstico à comunidade escolar e a reformulação do PPP.

REGIMENTO ( NORMAS)
Nas séries iniciais a ação pedagógica fundamenta-se nos níveis de desenvolvimento e construção do conhecimento da criança, enquanto cidadã, oportunizando-lhe experiências enriquecedoras e significativas, organizando um ambiente aconchegante e desafiador, que propicie a exploração da curiosidade infantil, incentivando a ampliação das potencialidades físicas, sócio-afetivas, intelectuais e éticas, possibilitando-lhe o desenvolvimento do senso crítico e de progressiva autonomia. A ação pedagógica referida tem como base o plano político pedagógico que foi pensado, elaborado e aprovado pela comunidade escolar.

PLANO DE ESTUDO
Os Planos de Estudo foram elaborados pelos professores responsáveis por cada componente curricular, conforme os objetivos definidos para cada série, respeitando a capacidade cognitiva dos alunos. Foi apresentado para apreciação dos demais professores e para uma representação de pais.
Foi levado em conta os conteúdos programáticos de cada componente curricular e a distribuição do tempo escolar. Foram elaborados de acordo com a legislação vigente, a partir da realidade, com ênfase na interdisciplinariedade e com a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar.
Os Planos de Estudo são a organização detalhada dos componentes curriculares, projetos e atividades, atribuindo-lhe tempo, abrangência e intensidade.
Os Planos de Estudo elaborados a partir do Quadro Síntese foram analisados e aprovados pela Mantenedora, nos prazos estabelecidos.
PLANOS DE TRABALHO DO PROFESSOR
Os Planos de Trabalho são avaliados e reelaborados, anualmente, pelos professores responsáveis pelo componente curricular, ou pelos professores de currículo, atendendo aos conteúdos definidos, promovendo a diversidade de didáticas de aprendizagem e estímulando a interdisciplinariedade, em consonância com os Planos de Estudo e o Projeto Pedagógico da Escola
AVALIAÇÃO
A avaliação caracteriza-se como um processo contínuo, participativo, cumulativo e interativo, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar. O ato educativo é percebido como um todo, onde ensino e aprendizagem ocorrem simultaneamente, onde avaliação e recuperação fazem parte desse processo, acontecendo, permanentemente, num mesmo tempo pedagógico, uma vez que são partes indissociáveis do processo, cujo compromisso maior é a aprendizagem.
A avaliação abrange dois focos distintos, específicos e intimamente relacionados:
a) a Escola como um todo;
b) o aluno, no seu desempenho escolar.

AVALIAÇÃO DA ESCOLA
A Escola procede, periodicamente, à avaliação de todas as suas realizações, face aos objetivos expressos na Proposta Pedagógico da Escola.
A avaliação da Escola envolve duas etapas:
a) avaliação de cada setor;
b) avaliação geral da Escola.
Os resultados da avaliação da Escola, como um todo, servem de base para a reavaliação e o aperfeiçoamento do Projeto Pedagógico para o ano letivo seguinte.

AVALIAÇÃO DO ALUNO
A avaliação é um processo amplo, contínuo, sistemático, cumulativo e cooperativo, que envolve professores e alunos. Acontece ao longo do trabalho escolar, estando comprometida com todo o desenvolvimento do educando. Possibilita determinar as bases para a continuação do desenvolvimento curricular.
A avaliação, em consonância com os objetivos e conteúdos propostos, abrange aspectos qualitativos e quantitativos, incluindo o domínio de conteúdos e o desenvolvimento de habilidades, atitudes, hábitos valores e competências.
É um processo dinâmico que tem como foco central o crescimento do aluno em todas as atividades da vida escolar.
Os critérios de avaliação elaborados pelos professores, aprovados no Projeto Pedagógico e expressos neste Regimento Escolar são os norteadores do processo de ensino-aprendizagem consonância com os Planos de Estudo e o Projeto Pedagógico da Escola.
Minha escola é uma escola que atende alunos de pré-escola à quinta série, passando por um momento de transição entre o ensino fundamental de oito anos e o de 9 anos .Este é um período de muitas dúvidas e requer muita leitura. Uma vez por semana os professores participam de momento de formação em reuniões pedagógicas, palestras e seminários e oficinas promovidas pelo município, onde são trabalhados temas de acordo com o interesse dos professores.
A escola busca apontar e valorizar as competências de cada membro envolvido no processo educativo.
A direção procura acompanhar o trabalho desenvolvido conversando com alunos e professores, articulando conteúdos e metodologias ao sucesso e fracasso dos alunos, buscando meios de melhorar os alunos em sua deficiência.
A escola possui muitas carências de pessoal, de recursos, de alguns professores, que por vários motivos não conseguem dar conta da demanda de uma sociedade exigente.
O aproveitamento do tempo pedagógico para qualificar o ensino é um desafio a ser alcançado.

domingo, 5 de outubro de 2008

ORGANIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DO ENSINO











Desde a Proclamação da República, em 1889, o Brasil transitou pela democracia e o autoritarismo. Nos anos de governo militar, evidenciavam-se mais características de estados unitários na organização política do que propriamente de um estado federativo democrático.
A partir da proclamação da República é que se destinou na lei, determinar, organizar e manter o ensino público. A constituição de 1988, seguida de Emendas constitucionais, mencionam a obrigatoriedade do ensino público e a destinação de fundos do governo para serem revertidos em recursos para a educação:
A Constituição de 1988, conforme artigos abaixo, procura devolver aos estados e municípios uma autonomia na manutenção e expansão do ensino público em conformidade com a Carta Magma.

Art 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;


Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde


Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino.


década de 1980, quando se inicia no Brasil o período de recuperação das bases de um estado federalista.

APRENDIZAGEM DA VIDA ADULTA


“A aprendizagem é nossa vida, desde a juventude até nossa velhice, de fato quase até à morte: ninguém vive durante dez horas sem aprender” Paracelso



A proposta da sexta aula de Psicologia começa com a leitura do texto cujo nome é o mesmo do título desta postagem. A seguir, orienta-se que escrevamos a respeito de nossas experiências cotidianas de aprendizagem, "tentando entender de que forma as características do desenvolvimento intelectual do jovem e do adulto e as relações professor-aluno se manifestam.
Analisando minha trajetória de vida, experiências que contribuíram na construção de minha aprendizagem, entendo que ingressei no período operatório formal, não aos doze anos, mas a bastante tempo. Desde bastante jovem precisei lidar com dificuldades e a maneira como conduzi as dificuldades ao longo de minha vida comprovem o meu desenvolvimento.
Sempre fui muito responsável, ponderada, observadora, preocupada em ser justa, solidária, me auto-avaliando, tímida, com dificuldade para participar do mundo social adulto, principalmente em grupo diferente, sempre procurei me colocar no lugar das pessoas com dificuldade, refletindo sobre minhas ações. A toda situação problemática, pondero, reflito, consulto as partes envolvidas e depois tomo atitude. Faço alguns planos envolvendo trabalho, família, crenças, ideologias, sempre avaliando as possibilidades. A cada final de ano faço um balanço analisando o que fiz até o momento e o que ainda posso fazer, estabeleço metas e estratégias para atingi-las ou modificar o que já foi realizado. Hoje, talvez devido a idade, tenho certa dificuldade para aprender, preciso ler os textos várias vezes, procuro aprender por minha própria conta, tiro minhas dúvidas sozinha, construindo minha aprendizagem de acordo com meu ritmo , consultando as fontes indicadas.
O professor pode até não ser um detentor do conhecimento, como querem nos fazer repetir os pedagogos, mas a fala de um verdadeiro mestre, me fascina e acredito que fascina a maioria dos estudantes. Nesta situação dificilmente faço qualquer intervenção, pois aquele momento é de ouvir, refletir e, se for o caso, solicitar algum esclarecimento, a fim de que nova reflexão se processe. Adoto a mesma postura seja como aluno quanto como professor. Meus alunos sabem, porque fazemos tais combinações, que existe o momento do professor falar e do aluno ouvir, assim como um momento em que os alunos têm a palavra, pois ainda não há outra forma de ocorrer verdadeiro diálogo em sala de aula. Esta espécie de contrato com os alunos dificilmente precisa ser evidenciada. Minha relação com os alunos é baseada no respeito, na troca, onde os conhecimentos são compartilhados oportunizando novas possibilidades de aprendizagem. Essa relação de respeito é reconhecida pelos alunos em conselho de classe em que avaliam como um dos pontos positivos das aulas.
O adulto aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao mundo físico e social em que vive, lançando hipóteses sobre as transformações e apontando o que deve ser implementado. As relações afetivas que se constituem em sala de aula são de extrema importância para a construção da aprendizagem.
A aprendizagem é um “processo em que o indivíduo convive com o outro, e ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o outro” (Maturana, 2001, pag. 29).