domingo, 5 de outubro de 2008
APRENDIZAGEM DA VIDA ADULTA
“A aprendizagem é nossa vida, desde a juventude até nossa velhice, de fato quase até à morte: ninguém vive durante dez horas sem aprender” Paracelso
A proposta da sexta aula de Psicologia começa com a leitura do texto cujo nome é o mesmo do título desta postagem. A seguir, orienta-se que escrevamos a respeito de nossas experiências cotidianas de aprendizagem, "tentando entender de que forma as características do desenvolvimento intelectual do jovem e do adulto e as relações professor-aluno se manifestam.
Analisando minha trajetória de vida, experiências que contribuíram na construção de minha aprendizagem, entendo que ingressei no período operatório formal, não aos doze anos, mas a bastante tempo. Desde bastante jovem precisei lidar com dificuldades e a maneira como conduzi as dificuldades ao longo de minha vida comprovem o meu desenvolvimento.
Sempre fui muito responsável, ponderada, observadora, preocupada em ser justa, solidária, me auto-avaliando, tímida, com dificuldade para participar do mundo social adulto, principalmente em grupo diferente, sempre procurei me colocar no lugar das pessoas com dificuldade, refletindo sobre minhas ações. A toda situação problemática, pondero, reflito, consulto as partes envolvidas e depois tomo atitude. Faço alguns planos envolvendo trabalho, família, crenças, ideologias, sempre avaliando as possibilidades. A cada final de ano faço um balanço analisando o que fiz até o momento e o que ainda posso fazer, estabeleço metas e estratégias para atingi-las ou modificar o que já foi realizado. Hoje, talvez devido a idade, tenho certa dificuldade para aprender, preciso ler os textos várias vezes, procuro aprender por minha própria conta, tiro minhas dúvidas sozinha, construindo minha aprendizagem de acordo com meu ritmo , consultando as fontes indicadas.
O professor pode até não ser um detentor do conhecimento, como querem nos fazer repetir os pedagogos, mas a fala de um verdadeiro mestre, me fascina e acredito que fascina a maioria dos estudantes. Nesta situação dificilmente faço qualquer intervenção, pois aquele momento é de ouvir, refletir e, se for o caso, solicitar algum esclarecimento, a fim de que nova reflexão se processe. Adoto a mesma postura seja como aluno quanto como professor. Meus alunos sabem, porque fazemos tais combinações, que existe o momento do professor falar e do aluno ouvir, assim como um momento em que os alunos têm a palavra, pois ainda não há outra forma de ocorrer verdadeiro diálogo em sala de aula. Esta espécie de contrato com os alunos dificilmente precisa ser evidenciada. Minha relação com os alunos é baseada no respeito, na troca, onde os conhecimentos são compartilhados oportunizando novas possibilidades de aprendizagem. Essa relação de respeito é reconhecida pelos alunos em conselho de classe em que avaliam como um dos pontos positivos das aulas.
O adulto aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao mundo físico e social em que vive, lançando hipóteses sobre as transformações e apontando o que deve ser implementado. As relações afetivas que se constituem em sala de aula são de extrema importância para a construção da aprendizagem.
A aprendizagem é um “processo em que o indivíduo convive com o outro, e ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o outro” (Maturana, 2001, pag. 29).
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Um comentário:
Oi Ivone, muito bonita essa tua postagem. Além de trazeres os conceitos propostos nas leituras, fazes uma reflexão da tua caminhada de construção de aprendizagens a partir do que essas leituras te proporcionam pensar. Abração, Sibicca
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