quinta-feira, 25 de junho de 2009

EDUCAÇÃO INFANTIL

Adorno em seu texto nos fala da educação após Auschiwitz como alternativa para que a barbárie não se repita destacando que a mesma deve começar na educação infantil,j á Kant em seu texto fala que...as crianças são mandadas cedo à escola, não para que aí aprendam alguma coisa, mas para que aí se acostumem a ficar sentadas tranqüilamente e a obedecer pontualmente àquilo que lhe é mandado...
Observando o ponto de vista dos autores, a finalidade da educação infantil é humanizar a criança uma vez que o ser humano vêm ao mundo em seu estado bruto e tem a necessidade de cuidados especiais para o seu desenvolvimento e a formação de sua conduta. Na espécie humana uma geração educa a outra.
A finalidade da educação infantil para a sociedade é o desenvolvimento da cidadania e nos estudos acadêmicos que deve começar com o nascimento da criança, ou seja, a educação deverá começar a partir do momento em que a criança vem ao mundo. Assim deve ser por se tratar da necessidade de formamos o homem, antes que este possa se inserir na sociedade como cidadão.
Para se realizar um trabalho eficiente e capacitado à criança,é necessário uma boa estrutura.. Isso inclui ter material suficiente para que todos consigam compartilhar e um bom espaço de criação.
A relação educação / infância deve ser um processo cultural, na qual a educação, por métodos, didáticas e técnicas eficazes faça com que a criança desenvolva relações de respeito mútuo, justiça, solidariedade, igualdade, assim como liderança e outros fatores predominantes na sociedade.

ENSINAR AUTONOMIA

Adorno coloca a autonomia como a única força capaz de nos livrar da barbárie. E Kant nos chama a atenção quando fala que:Não é suficiente treinar as crianças; urge que aprendam a pensar. A nós educadores cabe a tarefa de desenvolver a autonomia de nossos alunos. Como fazer é a questão.
A Cada reflexão que fizemos sobre nossa prática mais nos conscientizamos da complexidade do fazer docente. A sociedade contemporânea, marcada pela complexidade, pelas relações sociais em rede e pela tecnologia da informação e da comunicação cada vez mais avançadas, nos faz refletir e ter a certeza que a função da escola mudou. A instituição de ensino bem como o professor deixa de ser a principal fonte de informação e passam a se preocupar com a formação integral dos indivíduos.
Penso que o desenvolvimento da autonomia de nossos está relacionada ao respeito que precisamos ter com o tempo de nossos alunos, conhecendo a espistemologia genética , identificando os estádios de desenvolvimento de cada criança, reconhecendo-os como sujeitos totais para entender seus anseios, o seu processo de aprendizagem e proporcionar atividades significativas, pois acredito que uma das causas de indisciplina e desinteresse dos alunos seja fatores relacionados ao seu desenvolvimento, ou seja os tempos de ensinar e os tempos humanos. Sabemos sobre o que ensinar e como ensinar, sobre o processo de aprendizagem, porém sobre a formação dos educandos como sujeitos totais, como sujeitos cognitivos, éticos, culturais, afetivos sabemos muito pouco.
A formação esperada da escola apontam para a emancipação social e individual, disciplinando para formar homens felizes, para libertá-lo da tirania, da dependência dos problemas irracionais, desenvolvendo a solidariedade, a compreensão entre os seres humanos,.o respeito a ordem social , desenvolvendo a inteligência e difundindo a visão de mundo, promovendo ação com o propósito de provocar, colocando o pensamento do aluno em movimento e criando situações em que os interesses do aluno possam emergir e o aluno atuar. Dar condições para que o aluno tenha acesso a elementos novos, para possibilitar a elaboração de respostas aos problemas suscitados, para contradição entre sua representação e realidade e solicitar e acompanhar o percurso de construção.

domingo, 21 de junho de 2009

Autismo

Na escola onde trabalho vivemos um grande desafio. Temos um aluno na escola há três anos, sem diagnóstico, com sinais de autismo. Pelo que tenho lido e participado das discussões nos fóruns este aluno é portador desta síndrome, Ele pouco se comunica com professores e colegas, não fala vive num mundo a parte e não conseguem expressar o que sente. O aluno, devido a dificuldade dos pais ainda não têm um diagnóstico, apenas atendimento com fono e psicóloga na APAE. O autismo é muito difícil de ser diagnosticado e somente um profissional (médico) terá condições de fazer uma avaliação, o aluno continua fazendo exames solicitados pelo Neurologista. São alguns sintomas dos portadores do autismo: - Não contem contato visual, - Conduta distante e retraída, - Indica suas necessidades através de gestos, - Dificuldade em se misturar com outras crianças, - Resiste a mudanças de rotina, - Habilidades motoras desniveladas, - Hiperatividade física, - Apego inadequado a objetos, - Ecolático (repetição de palavras, sons ou gestos...) - Dificuldade de comunicação, - Tendência a se isolar, - Necessidade de rotina, - Ausência de iniciativa (dar ordens curtas), - Movimento (balançar) ... Alguns autistas caminham muito e sempre na mesma direção. Estes necessitam de espaço. Crianças com autismo leve devem ser incluídas numa sala de aula, uma vez que se alfabetizam e seguem seus estudos normalmente. Neste caso o aluno está freqüentando a escola há três anos e ainda não apresentou progressos significativos para a idade, hoje com 8 anos.

Aprendizagens

As aulas de Psicologia têm esclarecido muito das dúvidas que irão qualificar minha prática Pedagógica.
Os conflitos entre os alunos, principalmente entre os alunos menores sempre foi um tema que me inquietou muito.
Na escola onde trabalho essa preocupação é constante, para isso desenvolvemos projetos para reduzir o problema. Estudando Piaget passei a entender melhor o comportamento dos alunos pois suas pesquisas são uma referência para educadores explicarem como as crianças de 7 a 10 anos estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade O professor precisa estar atento aos acontecimentos para auxiliar as crianças nas diferentes situações vivenciadas na escola.
A leitura do material recomendado sobre o método clínico piagetiano e a descrição de algumas provas aplicadas em alunos de acordo com um roteiro
vai me ajudar a entender o estádio de desenvolvimento de meus alunos e assim ajudá-los em suas dificuldades de aprendizagem.
Na última aula presencial elaboramos um mapa conceitual sintetizando as aprendizagens mais significativas do semestre que devemos aplicar em nosso cotidiano escolar.

domingo, 14 de junho de 2009

Significações de violência na Escola

A agressividade é algo que nasce com nós. É um impulso natural que faz parte da afetividade de todas as pessoas e sempre que somos impedidos de realizar nossas metas o nosso lado agressivo se manifesta. A agressividade é nata da personalidade e não é necessariamente destrutiva. Já a violência é um ato que causa dano, que fere, que magoa, e pode ser praticada de forma consciente ou inconsciente.
A cada ano que passa, observo que a preocupação dos professores em relação à violência vem aumentando gradativamente. Vários professores comentam que seus alunos, no momento de resolverem questões desagradáveis, acabam por agredirem-se através de verbalizações, olhares e gestos. A impressão dos professores é de que os alunos consideram natural que todos os problemas devam ser resolvidos com atitudes violentas, parecendo ser necessário o sofrimento do outro. Essa atitude no relacionamento entre os alunos, muitas vezes, gera um círculo de agressões, pois o que foi prejudicado primeiro agride o outro e esse, por sua vez, sente-se autorizado a revidar e assim ocorre uma seqüência de atitudes agressivas.
As expressões mais comentadas, pelos professores sobre a violência escolar se referem:
• as famílias, que estão desestruturadas, que agridem, que negligenciam.
• padrões culturais uma vez que a mídia, os jogos, videogame ensinam as crianças a verem a violência como normal.
• as brincadeiras uma vez que só sabem correr e bater, lutar, dar rasteira, tapa, tudo é resolvido assim e os alunos justificam que estão brincando.
• violência associada a aprendizagem, conteúdos com pouco significado para o aluno. A questões estruturais do aluno, falta de lazer, cultura, habitação e renda.
• violência associada a falta de condições da escola que não tem estrutura para atender bem o aluno, professores em situação de abandono, realizando um trabalho solitário, sem assistência para resolver os conflitos com alunos.
Após leitura do texto de Jaqueline Picetti, tenho refletido sobre o tema em questão: será que as atitudes observadas e consideradas por nós professores como violentas têm o mesmo significado para os alunos? As atitudes dos alunos não seriam características do processo de construção da moralidade? Na maioria das vezes os alunos envolvidos em conflitos estão na faixa dos 10 anos e segundo Piaget (1994) os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções..

Para Piaget (1994) as crianças esperam uma punição e consideram a sanção necessária e quanto mais severa ela for, mais justa o será restituição. Acreditam que a sanção deve corresponder exatamente ao ato cometido, para que o culpado sofra as conseqüências de sua falta.
A confiança da criança no adulto está ligada as sanções adotadas nos conflitos.

As pesquisas de Piaget são uma referência para educadores explicarem como as crianças de 7 a 10 anos estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade O professor precisa estar atento aos acontecimentos para auxiliar as crianças nas diferentes situações vivenciadas na escola.


Bibliogafia

Picetti Jaquelie, Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?

A MÚSICA NA ESCOLA

A música é um meio para a criança adquirir determinadas competências. Enquanto a criança aprende Ciências ela está adquirindo aptidão a pesquisa, desenvolve capacidade ligada à essa área, como na matemática desenvolve o raciocínio lógico. A música desenvolve a sensibilidade, a percepção, a observação, a atenção, a memória auditiva, e é este conjunto de habilidades que capacita o indivíduo a participar efetivamente da sociedade a qual está inserida. A música também é um veículo que usamos para transmitir as nossas crianças os nossos valores, fazendo com que elas adquiriram respeito pela cultura do seu povo.
Ensinar a criança a apreciar vários compositores, acompanhando o ritmo, com instrumentos adaptados, com o corpo, com a dança ou alguma atividade física ativa, onde a criança assimila e responde na mesma hora.
As atividades com músicas folclóricas é das mais apreciadas e, os brinquedos cantados, as músicas em fileiras como a “De marre de si” ou a da “ Rosa Juvenil que podem ser dramatizadas, devem fazer parte do cotidiano escolar. Tem também as “Trava-línguas” (Um tigre, dois tigres, três tigres), a parte de “parlendas folclóricas. É comum também, a utilização de músicas ligadas a temas; se está trabalhando o corpo, usar música que falem do assunto.
Todo este trabalho e outros mais específicos podem ser trabalhados com alunos de pré-escola e série iniciais do ensino fundamental.
Na escola onde trabalho a bem pouco tempo a música era pouco explorada, as crianças não sabiam brincar usando jogos e brincadeiras de rodas, atualmente o uso da música se intensificou bastante, principalmente com os menores. Percebe-se o quanto as crianças se encantam com a música.

Texto extraído da entrevista da professora Maria Meron.

domingo, 7 de junho de 2009

A MÚSICA E A CRIANÇA

O PA que o meu grupo está desenvolvendo está voltado para a investigação da contribuição da música na aprendizagem da criança.
Estamos definindo nossa linha de pesquisa mas o inicio da pesquisa confirma que brincando e cantando podemos desenvolver conceitos básicos de cidadania, organização, de socialização e auto-estima entre outros.
O trabalho inicial deve iniciar com atividades muito práticas sem a necessidade de exercícios teóricos. A informação musical pode ser passada através de canções, de movimentos e sons corporais, de brincadeiras musicais, sem a necessidade de uso de instrumentos musicais, ou com objetos sonoros que se adaptem a criança e que ela possa manusear. Os professores devem intensificar o uso de músicas folclóricas e as músicas populares e eruditas, adequadas a cada faixa etária. As crianças poderão até criar ritmos e melodias inventando a sua própria canção.
O uso de instrumentos musicais específicos não deve ser apresentado à criança a menos que ela demonstre interesse. O importante é a consciência da família e do educador do quanto a música é fundamental para o desenvolvimento geral da criança. Ela ajuda a desenvolver a auto-estima, a auto-confiança, a sensibilidade, a criatividade, o raciocínio, a memória, a comunicação, a expressão e a socialização.
A escola não tem como meta formar músicos, mas usar a música como recurso para ajudar o aluno a se desenvolver em sua plenitude.
Nós educadores muitos vezes não intensificamos o uso da música com nossos alunos porque não somos capacitados, mas os recursos que estão disponíveis nas escolas nos permitem trabalhar

Auto-estima na Criança Negra

Auto-estima é a capacidade de gostarmos de nós mesmos, de nos aprovarmos, a certeza de que somos capazes de realizar determinadas coisas, de que somos competentes em determinadas habilidades. A auto-estima reflete a imagem que temos de nós mesmos (nossa auto-imagem) como a imagem que acreditamos que as outras pessoas tem de nós, aquilo que acreditamos que elas pensam a nosso respeito.
O ser humano independente de “raça”, classe social, de nacionalidade, enfrenta em alguns momentos de sua vida insatisfação de maior ou menor proporção com aquilo que acredita ser. A ironia é que embora a insatisfação se apresente, são os fatores sociais como raça, classe social, entre outras que intensificam a complexidade desta problemática que é gostar de si mesmo. Cabe a nós adultos abrir os braços para a diversidade humana aprendendo a conviver com a diferença, respeitando-a para que quando indagada por nossas crianças sobre qual de suas bonecas de diversas cores é a melhor, a mais bonita, a mais inteligente elas sejam capazes de nos responder que todas elas podem ser.
O Brasil é formado por uma multiplicidade cultural, e junto com esta uma série de conflitos que adquiri propriedades especificas de manifestação. O racismo em nosso contexto é tão presente como em outras partes do mundo, só que nossa discriminação racial é escamoteada, é mascarada, por isso um olhar ingênuo pode não percebê-lo. A imagem do negro é associada a atividades socais de pouco ou nenhum prestígio social. Com esta visão algo de preocupante ficou evidente. Se a imagem do negro é vista de maneira negativa pela sociedade, como fica a auto-estima de crianças negras, já que a auto-estima relaciona-se intimamente com a auto-imagem e o autoconceito.
É de fundamental importância a desconstrução desta imagem de inferioridade social do negro na construção de uma sociedade sem preconceito. É necessário que se desenvolvam projetos nas escolas que trabalhem a figura do negro de forma prática. Sem isso, essa realidade que nós mesmos convencionamos chamar de mesquinha, continuará inalterada.
O pensar só se modifica diante de condições concretas da realidade que exijam do sujeito novas formas de agir.