sábado, 4 de abril de 2009

Política Educacionais

Pessoas com necessidades de Educação Especial no Brasil

No Brasil os registros demonstram que a educação para deficientes só começou a ser pensada a partir do início da década de 50. Segundo Mendes (1995), durante esse tempo, observamos que a produção teórica referente à deficiência mental esteve restrita aos meios acadêmicos, com escassas ofertas de atendimento educacional para os deficientes mentais.
Somente em meados da década de 90, no Brasil, começaram as discussões em torno do novo modelo de atendimento escolar denominado inclusão escolar. Esse novo paradigma surge como uma reação contrária ao processo de integração, e sua efetivação prática tem gerado muitas controvérsias e discussões.
No intuito de reforçar a obrigação do país em prover a educação, é publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. O capítulo V dessa lei trata especificamente da Educação Especial, expressando no artigo 58 que a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e, quando necessário, deve haver serviços de apoio especializado.
É interessante considerar que os serviços especializados e o atendimento das necessidades específicas dos alunos garantidos pela lei estão muito longe de serem alcançados. Identificamos, no interior da escola, a carência de recursos pedagógicos e a fragilidade da formação dos professores para lidar com essa clientela.
Em lei, muitas conquistas foram alcançadas. Entretanto, precisamos garantir que essas conquistas, expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo não tem conseguido garantir a democratização do ensino, permitindo o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos do ensino especial na escola.
Entretanto, não podemos negar que a luta pela integração social do indivíduo que apresenta deficiência foi realmente um avanço social muito importante, pois teve o mérito de inserir esse indivíduo na sociedade de forma sistemática, se comparado aos tempos de segregação, porém precisamos de políticas que contemplem as escolas, com os recursos necessários, para que possam efetivamente incluir alunos com necessidade de educação especial.

Um comentário:

Melissa disse...

Oi Ivone
A professora Liliana constuma recomendar um autor do qual ela gosta muito, (Mittler) que diz que a inclusão não se trata de colocar crianças na escola...que é muito mais do que isso...vai muito mais além...significa em transformar escolas "para torná-las mais responsivas às necessidades dos seus alunos" em ajudar seus professores a aceitar a responsabilidade pela aprendizagem dos seus alunos e em dar suporte para que eles possam realmente cumprir sua tarefa...e ainda finaliza dizendo:
A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, uma
estrada sem fim, com todo tipo de barreiras e obstáculos, alguns
dos quais estão em nossas mentes e em nossos corações (Mittler, 2003, p.21).
Dá uma lida ;-)
MITTLER,, M. Educação Inclusiva.Portor Alegre: ArtMed, 2003.
Beijos
Melissa