VALORIZANDO AS ORIGENS
“O importante é não estar aqui ou ali, mas SER. E ser é uma ciência feita de
pequenas egrandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa. Quando não
executamosessas observações, não chegamos a ser; apenas estamos desaparecendo”.
Carlos Drummond de Andrade
Ao ler o texto em Busca da Ancestralidade Brasileira de Daniel Munducuru, me reportei a minha infância quando tinha 8 anos e sai da zona rural, já que era filha de agricultor para ir morar com tios na cidade para estudar. Devido as características de criança da “roça”, diferente no modo de ser e agir, fui rejeitada e também relutei a minha condição e tinha vergonha das minhas origens. Sofri muito com a situação e foi o exemplo e sabedoria do meu pai e meu avô paterno, com seu carinho e amor que demonstravam sentir por mim me fizeram reconhecer respeitar e admirar as minhas as minhas origens.
Meu pai e meu avô, hoje falecidos, tinham muito das características do avô do índio Daniel, eram pessoas sábias, de pouca conversa, discretos que com um olhar firme me levavam a refletir sobre minhas ações. Em momento algum alteravam a voz ou eram agressivos. Admirava-os tanto que a minha preocupação em não desapontá-los me levava sempre a refletir sobre as conseqüências de minhas ações. Penso que nos dias de hoje precisamos resgatar valores que estão sendo considerados ultrapassados, está faltando exemplos do índio Apolinário, pois o mandamento da obediência e respeito aos pais e avós é a base para a ordem na sociedade.
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