domingo, 24 de outubro de 2010

GESTÃO ESCOLAR

O V semestre foi o semestre que trabalhou interdisciplinas voltadas para a organização, recursos e funcionamento das escolas. Como exercia na época a função de gestor de escola pude relacionar e avaliara as teorias estudas com minha prática o que me permitiu refletir e unir teoria e prática, prática e teoria, ambas caminhando juntas, enriquecendo o meu fazer diário, a experiência.
As aprendizagens estudadas em todas as disciplinas estavam relacionadas mas entre as postagens gostaria de destacar a de Título Gestor de Escola.
A nova lei de 1996, afirma o espaço escolar como social e cultural como também democrático efetivamente, onde o gestor de escola precisa buscar o equilíbrio entre as funções. Este precisa ter noções de sistema de ensino a fim de estabelecer as ligações necessárias com professores, comunidade assim como exigências próprias da rede de ensino. Deve ter a capacidade de relacionamento com públicos estratégicos, articulando diferentes partes da escola como também distribuir funções.
Frente a tantos desafios, o gestor necessita formar uma equipe a seu favor e a favor da aprendizagem dos alunos, principais atores destas ações. Neste contexto de mudança da escola como uma totalidade, observamos duas funções distintas das instituições: o conhecimento reflexivo e as relações humanas. A informação, na contemporaneidade, está acessível a todos através dos mais diversos tipos de fontes e cabe ao espaço escolar buscar a reflexão destes saberes bem como inseri-los em um contexto prático.
A equipe diretiva precisa estar afinada aos ideais de uma escola reflexiva, pois tem a função de gerir de forma participativa, cooperativa e educativa. Educativa é a equipe que adapta o conhecimento teórico para a prática de forma contextualizada, tendo a realidade enquanto problematizadora, vendo a si e os atores da gestão em diálogo e aprendizado contínuo. Age dentro de uma liderança compartilhada, percebendo a cultura organizacional enquanto elemento educativo e é gerido por todos, representado por um.

sábado, 16 de outubro de 2010

DESTAQUE DE APRENDIZAGENS

É muito bom refletir sobre o que aprendemos em um semestre, mas diante de tantas aprendizagens é difícil destacar as mais significativas pois todas as disciplinas trouxeram para discussão questões de grande relevância para que nós professores nos tornássemos mais críticas e conscientes. As políticas sociais do Estado propõe criar estratégias para racionalizar recursos e esvaziar o poder das instituições democráticas
Na política educacional, avançamos na luta por uma educação para todos, porém retrocedemos na medida em que o Estado passa de executor a apenas avaliador e indutor da qualidade através da avaliação externa. A gestão de democrática da lugar a gestão empresarial, tomando como parâmetro de qualidade o mercado.
A leitura do texto, de Émile Durkheim, me fez refletir e perceber que o homem, sociedade e a educação, caminham juntas, ou seja estão interligadas.
A sociedade passa por transformações e cada etapa de seu desenvolvimento impõe um modelo de educação, ou seja, a escola está a serviço da sociedade.
A educação está condicionada a existência de uma geração de adultos e uma de crianças e jovens, sendo que a ação deve ser exercida pelos adultos e esta educação varia de acordo com as classes sociais e com as regiões, a cidade e o campo, o rico e o pobre. A criança deve ser ensinada de acordo com a função que vai ocupar, ou seja, filho de agricultor deverá seguir a profissão dos pais, a escola determina o futuro de seu aluno.
Na teoria de Weberiana de educação, as formas de dominação são a Dominação legal, onde o quadro administrativo consiste de funcionários nomeados por um senhor e os subordinados são os membros da associação. Quem ordena obedece uma regra, uma lei determinada para aquela atividade profissional.
Esse tipo de dominação está presente em todas as escolas, onde atendemos ideologias impostas pelo estado e pela legislação que temos que respeitar.
Para vencer todas as formas de dominação a que as escolas estão submetidas acredito que a postagem Avaliação individual de Um Projeto de Aprendizagem e Prática Docente, tenham sido as mais significativas. A primeira por ser uma proposta inovadora que permite ao aluno a oportunidade de fazer escolhas e conduzir a construção de seu conhecimento de forma autônoma. Possibilita a vivência de experiências compartilhadas nas discussões e pesquisas em busca das respostas as "dúvidas temporárias" e "certezas provisórias", em uma rede de colaboração. É uma proposta que viabiliza o desenvolvimento do trabalho de acordo com o interesse do aluno para que construa sua aprendizagem a partir de seu interesse permitindo a desenvolver habilidades para a sua formação cidadã.
A postagem prática docente deve ser destacada em função da importância da consciência da missão do professor que requer vocação e muito amor e também responsabilidade.
Ser professor é saber ensinar, é criar condições que possibilite a sua própria construção, já que o professor aprende enquanto ensina, seja na pesquisa, na observação das reações do aluno para diagnosticar o que ele precisa ou quer aprender. O professor precisa estar aberto às indagações, a curiosidade, as perguntas e também precisa saber ouvir o que seu aluno tem a dizer. Precisa também estar atento as inquietações do aluno, procurando compreender e intervir, visando ajudá-los.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

REFLETINDO SOBRE AS APRENDIZAGENS DO IV SEMESTRE

Este semestre abordou muitas questões novas pra mim como a Informática na sala de aula e que contribuiu para mudança de minha prática pedagógica, mas gostaria de destacar duas postagens de meu portfólio que foram Solidariedade na Aprendizagem onde (PIAGET 1998, p 68) em seus estudos ele argumenta que, sem usufruir os benefícios do convívio social, o aluno não consegue desvendar ou compreender a ciência, ficando restrito a "uma acumulação de conhecimentos que o indivíduo sozinho seria incapaz de reunir".". Para que isto ocorra, no entanto, o sujeito precisa ter desenvolvido certas estruturas que permitem elaborar o que ele denomina de "solidariedade interna". Neste estágio, o aluno tem capacidade de criar suas próprias regras em conjunto com seu grupo, e exercer a cooperação intelectual. As condições indispensáveis para que isto ocorra são as mesmas que caracterizam um ambiente de aprendizagem colaborativa: ausência de hierarquia formal, um objetivo comum entre todos, respeito mútuo às diferenças individuais e liberdade para exposição de idéias e questionamentos. As afirmações de Piaget se confirmam em nossa prática pedagógica onde se percebe claramente que a dificuldade de relacionamento de alunos com colegas, alunos que apresentam dificuldade para trabalhar em grupo, de compartilhar material se reflete na aprendizagem do aluno. As relações afetivas com professores também são fatores importantes para o desenvolvimento intelectual e social do aluno.
A proposta de trabalhar com Projeto de Aprendizagem confirma os estudos de Piaget. O texto “Perguntas Inteligentes o que é isso” na Interdisciplina do Seminário Integrador, foi um texto que proporcionou uma reflexão profunda sobre o que perguntamos a nossos alunos e se as respostas que cobramos deles são as que eles têm curiosidade ou interesse em responder.
A partir do estudo realizado sobre o assunto tenho tentado trabalhar com PA mas existe uma resistência muito grande também dos alunos com relação ao novo. Eles acreditam que o professor é o detentor e transmissor do saber. Existe também uma resistência muito grande por parte dos gestores que estão presos aos conteúdos e fechados as inovações. Ainda acreditam que o aluno aprende é com o quadro-verde e giz e que a tecnologia é desnecessária.
Pela experiência de meu estágio e as leituras realizadas até o momento confirmam que o aluno aprende o que lhe interessa. Sendo assim o PA é uma proposta ideal, mas que exige uma mudança verdadeira de postura dos educadores e isso implicaria em buscar conhecimento de como nós aprendemos para propiciar ambientes abertos a nossas crianças, onde pudessem alimentar seus interesses e curiosidades, efetuar escolhas e ter o tempo necessário para a construção de hipóteses e experimentações. Ambientes com atividades definidas pelos próprios alunos, para construir e reinventar, para receber e para responder desafios, para manifestar seu mundo interior. Um ambiente acolhedor que aceite as idéias e os erros e desafiador no sentido de provocar a aprendizagem. Precisamos aprender a conduzir os nossos alunos a realizar atividades baseadas em ações e pesquisas espontâneas, apresentando questões que gerem conflitos, problematize situações que tragam para a sala de aula meios para manter vivo o interesse e a atenção do aluno. Precisamos ser mais confiantes e acreditar que podemos fazer diferente sem deixar de lado os famosos \"conteúdos. Ë uma proposta que está ao avesso das práticas da maioria das escolas.

domingo, 3 de outubro de 2010

MUDANÇA DE POSTURA

Refletindo sobre o que aprendi durante o semestre, através das leituras das postagens, reconheço que foi um semestre com muitas atividades práticas pois todas as interdisciplinas das didáticas foram estudadas neste período. Foi um semestre bastante difícil porque as atividades em sua maioria eram práticas e eu trabalhava em setor, porém de muitas aprendizagens. Dentre as aprendizagens destaco como a mais significativa as desenvolvidas , na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade, onde percebi que avancei no modo como penso a educação e a sociedade.
O texto de Maurice Tardif, proporcionou uma reflexão sobre “O trabalho docente, a pedagogia e o ensino” trazendo aspectos que estão presentes nas interações humanas, tecnologias e dilemas que nos permitem analisar o trabalho em todas as atividades, enfatizando a diferença do trabalho docente.
Maurice Tardif aborda questões do cotidiano da sala de aula descrevendo o que os professores comprometidos com a educação fazem realmente, apresentando conceitos e comparações que comprovam que o trabalho do professor é diferente dos demais. Essa reflexão foi importante pois me alertou da importância de me atualizar sempre como também da importância do nosso trabalho para a transformação da sociedade.
Nas palavras de Durkheim “ A sociedade passa por transformações e cada etapa de seu desenvolvimento impõe um modelo de educação, ou seja, a escola está a serviço da sociedade. Sendo assim não podemos educar nossos filhos como fomos educados ou como queremos. São as gerações passadas, as idéias e interesses que determinam o modelo de educação de hoje”. ”.
A referida interdisciplina me levou ao melhor entendimento da educação como sendo um fato social e da importância da socialização dos indivíduos, na formação da consciência social humana
Hoje sou mais crítica, analiso os interesses que envolvem o ensino principalmente a definição de educação, como sendo uma constante busca pela perfeição. O sistema educativo brasileiro, do ponto de vista da organizacional e quantitativo, evoluiu muito nestas últimas décadas, porém quem pensa a educação continua não sendo quem está na sala de aula mas sim quem defende interesses da classe dominante.