Este semestre abordou muitas questões novas pra mim como a Informática na sala de aula e que contribuiu para mudança de minha prática pedagógica, mas gostaria de destacar duas postagens de meu portfólio que foram Solidariedade na Aprendizagem onde (PIAGET 1998, p 68) em seus estudos ele argumenta que, sem usufruir os benefícios do convívio social, o aluno não consegue desvendar ou compreender a ciência, ficando restrito a "uma acumulação de conhecimentos que o indivíduo sozinho seria incapaz de reunir".". Para que isto ocorra, no entanto, o sujeito precisa ter desenvolvido certas estruturas que permitem elaborar o que ele denomina de "solidariedade interna". Neste estágio, o aluno tem capacidade de criar suas próprias regras em conjunto com seu grupo, e exercer a cooperação intelectual. As condições indispensáveis para que isto ocorra são as mesmas que caracterizam um ambiente de aprendizagem colaborativa: ausência de hierarquia formal, um objetivo comum entre todos, respeito mútuo às diferenças individuais e liberdade para exposição de idéias e questionamentos. As afirmações de Piaget se confirmam em nossa prática pedagógica onde se percebe claramente que a dificuldade de relacionamento de alunos com colegas, alunos que apresentam dificuldade para trabalhar em grupo, de compartilhar material se reflete na aprendizagem do aluno. As relações afetivas com professores também são fatores importantes para o desenvolvimento intelectual e social do aluno.
A proposta de trabalhar com Projeto de Aprendizagem confirma os estudos de Piaget. O texto “Perguntas Inteligentes o que é isso” na Interdisciplina do Seminário Integrador, foi um texto que proporcionou uma reflexão profunda sobre o que perguntamos a nossos alunos e se as respostas que cobramos deles são as que eles têm curiosidade ou interesse em responder.
A partir do estudo realizado sobre o assunto tenho tentado trabalhar com PA mas existe uma resistência muito grande também dos alunos com relação ao novo. Eles acreditam que o professor é o detentor e transmissor do saber. Existe também uma resistência muito grande por parte dos gestores que estão presos aos conteúdos e fechados as inovações. Ainda acreditam que o aluno aprende é com o quadro-verde e giz e que a tecnologia é desnecessária.
Pela experiência de meu estágio e as leituras realizadas até o momento confirmam que o aluno aprende o que lhe interessa. Sendo assim o PA é uma proposta ideal, mas que exige uma mudança verdadeira de postura dos educadores e isso implicaria em buscar conhecimento de como nós aprendemos para propiciar ambientes abertos a nossas crianças, onde pudessem alimentar seus interesses e curiosidades, efetuar escolhas e ter o tempo necessário para a construção de hipóteses e experimentações. Ambientes com atividades definidas pelos próprios alunos, para construir e reinventar, para receber e para responder desafios, para manifestar seu mundo interior. Um ambiente acolhedor que aceite as idéias e os erros e desafiador no sentido de provocar a aprendizagem. Precisamos aprender a conduzir os nossos alunos a realizar atividades baseadas em ações e pesquisas espontâneas, apresentando questões que gerem conflitos, problematize situações que tragam para a sala de aula meios para manter vivo o interesse e a atenção do aluno. Precisamos ser mais confiantes e acreditar que podemos fazer diferente sem deixar de lado os famosos \"conteúdos. Ë uma proposta que está ao avesso das práticas da maioria das escolas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário