domingo, 5 de junho de 2011
NOTÍCIA DO MUNICÍPIO
APROVADO PROGRAMA PARA DETECTAR DISLEXIA
A câmara de vereadores aprova programa de identificação e tratamento da dislexia nas escolas. Conforme a proposta, caberá às secretarias de Educação e Saúde a formulação de diretrizes para viabilizar a plena execução do programa com a criação de equipes multidiciplinares com profissionais das áreas de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia.
O objetivo do programa é identificar o distúrbio precocemente e iniciar um atendimento especializado para que o aluno enfrente as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita que está relacionada evasão escolar ao fracasso pessoal.
Apresento um breve histórico do conceito de dislexia: as primeiras referências à dislexia, no âmbito da medicina, aparecem em 1896, por Morgan, descrevendo um caso clínico de um rapaz que, apesar de ser inteligente, tinha uma incapacidade quase absoluta em relação à linguagem escrita, que designou ”cegueira verbal”. A partir desta data muitos termos têm sido usados para designar esta perturbação:
“cegueira verbal congênita”, “dislexia congênita”, “alexia do desenvolvimento”, “dislexia constitucional”, “parte do contínuo das perturbações de linguagem, caracterizada por um défice no processamento verbal dos sons”.
Nos anos de 1960 - com a viragem para o nosso século, foram minimizados os aspectos biológicos da dislexia, atribuindo as dificuldades na leitura a problemas emocionais, afectivos e imaturidade.
A Federação Mundial de neurologia, em 1968 utilizou pela primeira vez o termo “dislexia do desenvolvimento”, definindo-a como um transtorno que se manifesta na aprendizagem da leitura, apesar das crianças serem ensinadas com métodos de ensino convencionais, terem inteligência normal e oportunidades socioculturais adequadas.
O Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Doenças Mentais em 1994 (DSM-III), inclui a dislexia nas perturbações de aprendizagem, e utiliza a denominação de “Perturbações de Leitura e Escrita”, estabelecendo alguns critérios:
O rendimento na leitura/escrita, medido através de provas normalizadas, situa-se muito abaixo do nível esperado para a idade do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a idade;
b) A perturbação interfere significativamente com o rendimento escolar, ou actividades da vida quotidiana que requerem aptidões de leitura/escrita;
Se existe um défice sensorial, as dificuldades são excessivas em relação às que lhe estariam habitualmente associadas.
“Quando me disseram que eu tinha dislexia, senti medo de ser rejeitada pelas outras pessoas, por ser diferente. Senti vergonha pelos professores me apontarem o dedo, senti-me sozinha por não ter ninguém igual a mim! Eu queria esquecer e pensar que aquilo era um sonho.
Actualmente, com catorze anos, sou muito feliz, não me sinto diferente porque consigo ultrapassar as minhas dificuldades do dia-a-dia. Sinto-me capaz de chegar onde os outros chegam.” ( Testemunho de Isabel Rapa, 14 anos, 2007)
A câmara de vereadores aprova programa de identificação e tratamento da dislexia nas escolas. Conforme a proposta, caberá às secretarias de Educação e Saúde a formulação de diretrizes para viabilizar a plena execução do programa com a criação de equipes multidiciplinares com profissionais das áreas de psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia.
O objetivo do programa é identificar o distúrbio precocemente e iniciar um atendimento especializado para que o aluno enfrente as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita que está relacionada evasão escolar ao fracasso pessoal.
Apresento um breve histórico do conceito de dislexia: as primeiras referências à dislexia, no âmbito da medicina, aparecem em 1896, por Morgan, descrevendo um caso clínico de um rapaz que, apesar de ser inteligente, tinha uma incapacidade quase absoluta em relação à linguagem escrita, que designou ”cegueira verbal”. A partir desta data muitos termos têm sido usados para designar esta perturbação:
“cegueira verbal congênita”, “dislexia congênita”, “alexia do desenvolvimento”, “dislexia constitucional”, “parte do contínuo das perturbações de linguagem, caracterizada por um défice no processamento verbal dos sons”.
Nos anos de 1960 - com a viragem para o nosso século, foram minimizados os aspectos biológicos da dislexia, atribuindo as dificuldades na leitura a problemas emocionais, afectivos e imaturidade.
A Federação Mundial de neurologia, em 1968 utilizou pela primeira vez o termo “dislexia do desenvolvimento”, definindo-a como um transtorno que se manifesta na aprendizagem da leitura, apesar das crianças serem ensinadas com métodos de ensino convencionais, terem inteligência normal e oportunidades socioculturais adequadas.
O Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Doenças Mentais em 1994 (DSM-III), inclui a dislexia nas perturbações de aprendizagem, e utiliza a denominação de “Perturbações de Leitura e Escrita”, estabelecendo alguns critérios:
O rendimento na leitura/escrita, medido através de provas normalizadas, situa-se muito abaixo do nível esperado para a idade do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a idade;
b) A perturbação interfere significativamente com o rendimento escolar, ou actividades da vida quotidiana que requerem aptidões de leitura/escrita;
Se existe um défice sensorial, as dificuldades são excessivas em relação às que lhe estariam habitualmente associadas.
“Quando me disseram que eu tinha dislexia, senti medo de ser rejeitada pelas outras pessoas, por ser diferente. Senti vergonha pelos professores me apontarem o dedo, senti-me sozinha por não ter ninguém igual a mim! Eu queria esquecer e pensar que aquilo era um sonho.
Actualmente, com catorze anos, sou muito feliz, não me sinto diferente porque consigo ultrapassar as minhas dificuldades do dia-a-dia. Sinto-me capaz de chegar onde os outros chegam.” ( Testemunho de Isabel Rapa, 14 anos, 2007)
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA
A E.E.E.F D. Pedro I, situa-se na Rua do Parque, 955, Bairro Lira, limitando-se geograficamente com o centro da Cidade. Atende em torno de 300 alunos, sendo dois destes, com necessidades especiais, do 1º ano à 5ª série do ensino fundamental. Recebe alunos dos bairros vizinhos, uma vez que muitos pais têm seu local de trabalho próximo da escola.
O seu quadro é formado por 15 professores, 5 funcionários
A escola não contempla em seu Projeto Político Pedagógico nenhum projeto voltado para alunos especiais. O espaço físico da escola não apresenta condições de acesso para os cadeirantes, embora tenha 2 alunas, e a sala de aula seja pequena dificultando a circulação de aluno com a necessidade especial referida.
Em relação ao contexto sócio-econômico, no qual a comunidade escolar está inserida, pode-se ressaltar que a maioria dos pais possui emprego, escolaridade média, acesso à cultura e são politizados.
Nesse sentido, a comunidade envolvida no contexto educativo vivenciado pela escola, tem como característica marcante a participação ativa, tanto nos eventos promovidos, como nas questões que marcam o cotidiano escolar.
A escola possui um pátio com espaço amplo, porém a área construída encontra-se em condições precárias, inclusive com salas de aula desativada há 3 anos e alunos sendo atendido em sala sem espaço suficiente.
Apesar de toda a situação em que se encontra a escola, há uma disposição do quadro docente com muita criatividade, vencendo as barreiras da precariedade de espaços e condições psicológicas, porém observa-se uma resistência por parte dos professores em atender os alunos com necessidades especiais em função da falta de discussão do assunto no espaço escolar.
IVONE LUZ
O seu quadro é formado por 15 professores, 5 funcionários
A escola não contempla em seu Projeto Político Pedagógico nenhum projeto voltado para alunos especiais. O espaço físico da escola não apresenta condições de acesso para os cadeirantes, embora tenha 2 alunas, e a sala de aula seja pequena dificultando a circulação de aluno com a necessidade especial referida.
Em relação ao contexto sócio-econômico, no qual a comunidade escolar está inserida, pode-se ressaltar que a maioria dos pais possui emprego, escolaridade média, acesso à cultura e são politizados.
Nesse sentido, a comunidade envolvida no contexto educativo vivenciado pela escola, tem como característica marcante a participação ativa, tanto nos eventos promovidos, como nas questões que marcam o cotidiano escolar.
A escola possui um pátio com espaço amplo, porém a área construída encontra-se em condições precárias, inclusive com salas de aula desativada há 3 anos e alunos sendo atendido em sala sem espaço suficiente.
Apesar de toda a situação em que se encontra a escola, há uma disposição do quadro docente com muita criatividade, vencendo as barreiras da precariedade de espaços e condições psicológicas, porém observa-se uma resistência por parte dos professores em atender os alunos com necessidades especiais em função da falta de discussão do assunto no espaço escolar.
IVONE LUZ
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS
Ao final das atividades do Pead, analisando todas as atividades postadas e desenvolvida no blog considero esse espaço de extrema importância para acompanhar o processo de consolidação das aprendizagens durante o curso. O Portfólio permite a comparação de todos os trabalhos realizados auxiliando a desenvolver a capacidade de avaliar o próprio trabalho, refletindo sobre ele, melhorando-o e ao professor, traçar referencias de classe como um todo, a partir das análises individuais, como foco na evolução dos educandos ao longo do processo de aprendizagem;
A educação onde o portfólio é um dos instrumentos de avaliação das aprendizagens, desenvolve a autonomia do aluno onde este se torna sujeito ativo de sua aprendizagem, interagindo com os demais sujeitos do processo, desenvolvendo competências e habilidades construindo e reconstruindo conceitos.
O blog me possibilitou organizar minhas produções durante o curso e além de me fazer refletir sobre minhas aprendizagens, o que exige comprometimento. Também serviu de suporte para pesquisas durante meu estágio e também na construção de meu TCC. Vejo o uso o uso do blog, como espaço onde podemos organizar e buscar informações de forma autônoma, ou seja sem ajuda do professor.
O aluno que decide pelo ensino, modalidade a distância tem a oportunidade de desenvolver virtudes que nortearão sua vida pessoal e profissional, uma vez que estará habilitado a exercer sua autonomia em busca de suas realizações. Para isso os portfólios possibilitam a buscar das informações que precisamos e as vezes não temos.
Ao final do curso de Pedagogia, fico um tanto angustiada, pois me sinto sufocada sem espaço e condições para trabalhar de acordo com minhas concepções. Hoje sou exigente e crítica com as pessoas que me cercam e dentre o grupo temos pessoas que não tem nenhum comprometimento com a educação, param no tempo e sentem-se ameaçada quando queremos inovar para transformar e acabamos sendo discriminadas no grupo. Precisamos vencer mais essa barreira, pois afinal de contas temos um compromisso com o futuro de nossas crianças.
A educação onde o portfólio é um dos instrumentos de avaliação das aprendizagens, desenvolve a autonomia do aluno onde este se torna sujeito ativo de sua aprendizagem, interagindo com os demais sujeitos do processo, desenvolvendo competências e habilidades construindo e reconstruindo conceitos.
O blog me possibilitou organizar minhas produções durante o curso e além de me fazer refletir sobre minhas aprendizagens, o que exige comprometimento. Também serviu de suporte para pesquisas durante meu estágio e também na construção de meu TCC. Vejo o uso o uso do blog, como espaço onde podemos organizar e buscar informações de forma autônoma, ou seja sem ajuda do professor.
O aluno que decide pelo ensino, modalidade a distância tem a oportunidade de desenvolver virtudes que nortearão sua vida pessoal e profissional, uma vez que estará habilitado a exercer sua autonomia em busca de suas realizações. Para isso os portfólios possibilitam a buscar das informações que precisamos e as vezes não temos.
Ao final do curso de Pedagogia, fico um tanto angustiada, pois me sinto sufocada sem espaço e condições para trabalhar de acordo com minhas concepções. Hoje sou exigente e crítica com as pessoas que me cercam e dentre o grupo temos pessoas que não tem nenhum comprometimento com a educação, param no tempo e sentem-se ameaçada quando queremos inovar para transformar e acabamos sendo discriminadas no grupo. Precisamos vencer mais essa barreira, pois afinal de contas temos um compromisso com o futuro de nossas crianças.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
SABERES X PRÁTICA
Ao concluir meu TCC, fiz uma leitura do TCC e dos registros das aprendizagens postadas em meu Blog com o objetivo de comparar o meu fazer pedagógico com os saberes construídos no curso. O resultado desta análise a sensação de derrota por perceber que o que acontece, na minha realidade é o avesso do que se espera de uma escola.
Dentre as postagens lidas destaco a de título ENSINAR AUTONOMIA Onde Adorno coloca a autonomia como a única força capaz de nos livrar da barbárie. E Kant nos chama a atenção quando fala que:Não é suficiente treinar as crianças; urge que aprendam a pensar. A nós educadores cabe a tarefa de desenvolver a autonomia de nossos alunos.
A Cada reflexão que fizemos sobre nossa prática mais nos conscientizamos da complexidade do fazer docente. A sociedade contemporânea, marcada pela complexidade, pelas relações sociais em rede e pela tecnologia da informação e da comunicação cada vez mais avançadas, nos faz refletir e ter a certeza que a função da escola mudou. A instituição de ensino bem como o professor deixa de ser a principal fonte de informação e passam a se preocupar com a formação integral dos indivíduos.
Penso que o desenvolvimento da autonomia de nossos alunos está relacionada ao respeito que precisamos ter com o tempo de nossos alunos, conhecendo a espistemologia genética , identificando os estádios de desenvolvimento de cada criança, reconhecendo-os como sujeitos totais para entender seus anseios, o seu processo de aprendizagem e proporcionar atividades significativas, pois acredito que uma das causas de indisciplina e desinteresse dos alunos seja fatores relacionados ao seu desenvolvimento, ou seja os tempos de ensinar e os tempos humanos. Sabemos sobre o que ensinar e como ensinar, sobre o processo de aprendizagem, porém sobre a formação dos educandos como sujeitos totais, como sujeitos cognitivos, éticos, culturais, afetivos sabemos muito pouco.
A formação esperada da escola apontam para a emancipação social e individual, disciplinando para formar homens felizes, para libertá-lo da tirania, da dependência dos problemas irracionais, desenvolvendo a solidariedade, a compreensão entre os seres humanos,.o respeito a ordem social , desenvolvendo a inteligência e difundindo a visão de mundo, promovendo ação com o propósito de provocar, colocando o pensamento do aluno em movimento e criando situações em que os interesses do aluno possam emergir e o aluno atuar. Dar condições para que o aluno tenha acesso a elementos novos, para possibilitar a elaboração de respostas aos problemas suscitados, para contradição entre sua representação e realidade e solicitar e acompanhar o percurso de construção. Selecionei esta postagem porque embora usando outras palavras essa é a escola que idealizei em meu TCC.
Comparando a escola sonhada com a realidade onde trabalho, uma escola estadual, percebo o avesso, onde contrariando o que propõe Projeto Político Pedagógico, onde sob a orientação de uma direção autoritária e professores em sua maioria omissos legitimam a prática de opressão, seja através dos recursos utilizado, seja para manter a ordem e a disciplina, aplicando penalidades a alunos e professores quando estes têm opinião diferente. A avaliação é puramente punitiva, na medida em que professores, sem experiência e com o apoio da direção consideram o aluno como uma página em branco e lhe atribuem zero, porque deixaram de fazer alguma atividade, justificando que precisam ser reprovados para mudar de atitude.
Sei que precisamos de argumento forte para promover mudanças, mas na realidade onde trabalho isto é muito difícil, uma vez que não existe diálogo e em nenhum momento durante o ano foi propiciado aos professores momentos para formação, reflexão, discussão de assuntos referente a aprendizagem dos alunos.
A gestão Democrática em algumas escolas, só tem o nome de democrática, e essa falta de comprometimento com o verdadeiro sentido da escola está contribuindo para o fracasso dos alunos e a falta de estímulo aos professores que ainda acreditam na educação como possibilidade de transformação.
Dentre as postagens lidas destaco a de título ENSINAR AUTONOMIA Onde Adorno coloca a autonomia como a única força capaz de nos livrar da barbárie. E Kant nos chama a atenção quando fala que:Não é suficiente treinar as crianças; urge que aprendam a pensar. A nós educadores cabe a tarefa de desenvolver a autonomia de nossos alunos.
A Cada reflexão que fizemos sobre nossa prática mais nos conscientizamos da complexidade do fazer docente. A sociedade contemporânea, marcada pela complexidade, pelas relações sociais em rede e pela tecnologia da informação e da comunicação cada vez mais avançadas, nos faz refletir e ter a certeza que a função da escola mudou. A instituição de ensino bem como o professor deixa de ser a principal fonte de informação e passam a se preocupar com a formação integral dos indivíduos.
Penso que o desenvolvimento da autonomia de nossos alunos está relacionada ao respeito que precisamos ter com o tempo de nossos alunos, conhecendo a espistemologia genética , identificando os estádios de desenvolvimento de cada criança, reconhecendo-os como sujeitos totais para entender seus anseios, o seu processo de aprendizagem e proporcionar atividades significativas, pois acredito que uma das causas de indisciplina e desinteresse dos alunos seja fatores relacionados ao seu desenvolvimento, ou seja os tempos de ensinar e os tempos humanos. Sabemos sobre o que ensinar e como ensinar, sobre o processo de aprendizagem, porém sobre a formação dos educandos como sujeitos totais, como sujeitos cognitivos, éticos, culturais, afetivos sabemos muito pouco.
A formação esperada da escola apontam para a emancipação social e individual, disciplinando para formar homens felizes, para libertá-lo da tirania, da dependência dos problemas irracionais, desenvolvendo a solidariedade, a compreensão entre os seres humanos,.o respeito a ordem social , desenvolvendo a inteligência e difundindo a visão de mundo, promovendo ação com o propósito de provocar, colocando o pensamento do aluno em movimento e criando situações em que os interesses do aluno possam emergir e o aluno atuar. Dar condições para que o aluno tenha acesso a elementos novos, para possibilitar a elaboração de respostas aos problemas suscitados, para contradição entre sua representação e realidade e solicitar e acompanhar o percurso de construção. Selecionei esta postagem porque embora usando outras palavras essa é a escola que idealizei em meu TCC.
Comparando a escola sonhada com a realidade onde trabalho, uma escola estadual, percebo o avesso, onde contrariando o que propõe Projeto Político Pedagógico, onde sob a orientação de uma direção autoritária e professores em sua maioria omissos legitimam a prática de opressão, seja através dos recursos utilizado, seja para manter a ordem e a disciplina, aplicando penalidades a alunos e professores quando estes têm opinião diferente. A avaliação é puramente punitiva, na medida em que professores, sem experiência e com o apoio da direção consideram o aluno como uma página em branco e lhe atribuem zero, porque deixaram de fazer alguma atividade, justificando que precisam ser reprovados para mudar de atitude.
Sei que precisamos de argumento forte para promover mudanças, mas na realidade onde trabalho isto é muito difícil, uma vez que não existe diálogo e em nenhum momento durante o ano foi propiciado aos professores momentos para formação, reflexão, discussão de assuntos referente a aprendizagem dos alunos.
A gestão Democrática em algumas escolas, só tem o nome de democrática, e essa falta de comprometimento com o verdadeiro sentido da escola está contribuindo para o fracasso dos alunos e a falta de estímulo aos professores que ainda acreditam na educação como possibilidade de transformação.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
TEMA DE PESQUISA
Este semestre a primeira etapa foi a difícil tarefa de definir o tema de pesquisa para o TCC. Após isso chegou a hora de elaborar o esquema do trabalho. Depois que o esquema foi devolvido com as orientações da professora e tutora me pareceu que não seria tão trabalhoso. Mas consultar várias fontes e selecionar, desenvolver, formatar, analisar portfólios, realizar atividades de uma Eletiva, além das atividades do Seminário Integrador, foi muito trabalhoso e cansativo. Algumas vezes me senti incapaz, pensando que não daria conta. Agora que estou chegando ao final, o cansaço está tomando conta,parece que já não consigo pensar, as idéias não vêm, penso que ainda têm a banca e isso me angustia bastante. Foram tantas as reflexões para chegar ao foco da pesquisa que as vezes parece não estar muito claro.
Em meu TCC, o tema de minha pesquisa foi a Avaliação da Educação de Jovens e Adultos, porque embora esse tema tenha sido objeto de pesquisas, principalmente na área pedagógica pouco tem se refletido na prática de sala de aula. A avaliação ainda é um dos motivos do fracasso e do abandono desses alunos da escola. Espero que os resultados desta pesquisa sirvam de subsídio para que a prática pedagógica das escolas possam ser repensadas, adotando um sistema de avaliação que contemple todo o processo de ensino-aprendizagem, através da ação-reflexão, numa visão crítica, desafiadora e transformadora, propiciando a permanência do aluno e do professor, desenvolvendo habilidades de cada indivíduo.
Em meu TCC, o tema de minha pesquisa foi a Avaliação da Educação de Jovens e Adultos, porque embora esse tema tenha sido objeto de pesquisas, principalmente na área pedagógica pouco tem se refletido na prática de sala de aula. A avaliação ainda é um dos motivos do fracasso e do abandono desses alunos da escola. Espero que os resultados desta pesquisa sirvam de subsídio para que a prática pedagógica das escolas possam ser repensadas, adotando um sistema de avaliação que contemple todo o processo de ensino-aprendizagem, através da ação-reflexão, numa visão crítica, desafiadora e transformadora, propiciando a permanência do aluno e do professor, desenvolvendo habilidades de cada indivíduo.
REVISANDO O EIXO VIII
Dentre as postagens deste eixo quero destacar, a de Título Mais Uma Etapa Vencida, onde faço uma reflexão sobre as construídas junto com a turma de EJA no período de estágio.
Para desenvolver aprendizagens, Jovens e Adultos tomei como principal referência a pedagogia dialógica e problematizadora de Paulo Freire. Essa pedagogia propõe que haja uma participação ativa e dinâmica do aluno trabalhador na sala de aula. No estágio esta prática evidenciou que a experiência de vida é a base para a construção dos novos conhecimentos desses alunos jovens e adultos. O professor deve trazer temas de conhecimento e interesse dos alunos com o objetivo de promover debate na turma. Essa estratégia além de promover aprendizagens, proporciona a formação de redes de conhecimento científico e popular e a relação do saber do aluno com o saber científico.
Freire defende a ideia de que o aluno deve ser sempre muito curioso e que o professor deve aproveitar o máximo a curiosidade deste aluno:
As considerações ou reflexões até agora feitas vêm tendo desdobramentos de um primeiro saber inicialmente apontado como necessário a formação docente, numa perspectiva progressista. Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sempre aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, às suas inibições; um ser crítico inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996, p. 47-48).
A educação popular de Freire diz que ensinar exige respeito aos Saberes dos educandos. Segundo ele:
Uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é trabalhar criticamente a inteligibilidade das coisas e dos fatos e sua comunicabilidade. É imprescindível, portanto, que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de amaciá-lo ou domesticá-lo. É preciso mostrar ao educando que o uso ingênuo da curiosidade altera a sua capacidade de achar e obstaculizar a exatidão do achado. É preciso por outro lado e, sobretudo, que o educando vá assumindo o papel de sujeito da produção de sua inteligência do mundo e não apenas o de recebedor da que lhe seja transferida pelo professor. (FREIRE, 1996, p. 123-124).
Dentro dessa perspectiva, o trabalho com Projeto de Aprendizagem permite que o educando se torne autônomo no processo de construção de sua aprendizagem, porém o que percebo nas escolas ainda é a preocupação com o controle do aluno ( disciplina ), domesticando o aluno, criando obstáculo para que o sujeito assuma o papel de sujeito da produção de sua inteligência.
Para desenvolver aprendizagens, Jovens e Adultos tomei como principal referência a pedagogia dialógica e problematizadora de Paulo Freire. Essa pedagogia propõe que haja uma participação ativa e dinâmica do aluno trabalhador na sala de aula. No estágio esta prática evidenciou que a experiência de vida é a base para a construção dos novos conhecimentos desses alunos jovens e adultos. O professor deve trazer temas de conhecimento e interesse dos alunos com o objetivo de promover debate na turma. Essa estratégia além de promover aprendizagens, proporciona a formação de redes de conhecimento científico e popular e a relação do saber do aluno com o saber científico.
Freire defende a ideia de que o aluno deve ser sempre muito curioso e que o professor deve aproveitar o máximo a curiosidade deste aluno:
As considerações ou reflexões até agora feitas vêm tendo desdobramentos de um primeiro saber inicialmente apontado como necessário a formação docente, numa perspectiva progressista. Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sempre aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, às suas inibições; um ser crítico inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (FREIRE, 1996, p. 47-48).
A educação popular de Freire diz que ensinar exige respeito aos Saberes dos educandos. Segundo ele:
Uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é trabalhar criticamente a inteligibilidade das coisas e dos fatos e sua comunicabilidade. É imprescindível, portanto, que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de amaciá-lo ou domesticá-lo. É preciso mostrar ao educando que o uso ingênuo da curiosidade altera a sua capacidade de achar e obstaculizar a exatidão do achado. É preciso por outro lado e, sobretudo, que o educando vá assumindo o papel de sujeito da produção de sua inteligência do mundo e não apenas o de recebedor da que lhe seja transferida pelo professor. (FREIRE, 1996, p. 123-124).
Dentro dessa perspectiva, o trabalho com Projeto de Aprendizagem permite que o educando se torne autônomo no processo de construção de sua aprendizagem, porém o que percebo nas escolas ainda é a preocupação com o controle do aluno ( disciplina ), domesticando o aluno, criando obstáculo para que o sujeito assuma o papel de sujeito da produção de sua inteligência.
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