“A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento” Dewey.
As leituras das interdisciplina do Seminário Integrador e Didática e Planejamento tem me levado a refletir sobre a metodologia de desenvolver Projetos. Entendi que a atividade de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do ser humano. Por meio dela, o homem busca solução de problemas e desenvolve um processo de construção de conhecimento, que tem gerado tanto as artes quanto as ciências naturais e sociais.
O termo projeto surge numa forma regular no decorrer do século XV.Tanto nas ciências exatas como nas ciências humanas, múltiplas atividades de pesquisa, orientadas para a produção de conhecimento, são balizadas graças à criação de projetos prévios.
A elaboração do projeto constitui a etapa fundamental de toda pesquisa que pode, então, ser conduzida graças a um conjunto de interrogações, quer sobre si mesma, quer sobre o mundo à sua volta.
Foram estudadas três metodologia de Ensino por Projetos, onde o ensino por projetos tudo parte das decisões do professor, e a ele, ao seu controle, deverá retornar. Como se o professor pudesse dispor de um
conhecimento único e verdadeiro para ser transmitido ao estudante e só a ele coubesse decidir o que, como, e com que qualidade deverá ser aprendido. Na Metodologia de “aprendizagem por projetos” o aluno define o quer saber (tema), formula a questão de investigação, certezas e dúvidas, enfim, é o autor do projeto,cabe a ele construir de forma autônoma o seu conhecimento e a Metodologia por Projetos de Trabalho, tem como característica a interdisciplinariedade, baseada no “interesse” que deve acompanhar o trabalho pedagógico de modo a motivar o aluno a vontade de saber. A função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação a: o tratamento da informação, e a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio.
No meu entendimento a leitura sobre os Projetos de Trabalho é muito semelhante ao Projeto de aprendizagem o que provocou muitas dúvidas para a Elaboração dos Projetos Arquitetônicos para o estágio. Pensou que a diferença entre as metodologias de Projetos deveriam ser mais debatidas...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
EDUCAÇÃO PARA A LIBERDADE
Na aula presencial de ontem assistimos um filme que mostrou uma experiência de alfabetização de Paulo Freire, que inicio com um grupo de três pessoas de 40 anos de idade, experiência esta que foi ampliada e que mostrou relatos emocionantes de pessoas que passaram a acreditar que através da alfabetização a mudança para uma vida melhor seria possível.
Após análise do filme se observa que os atores da história se sentem integrados a sociedade, independentes, confiantes, com a certeza que mesmo com dificuldades continuarão na escola.
Segundo Paulo Freire o sucesso da alfabetização está relacionado a uma pesquisa sociocultural dos alunos onde possam expressar através de painel com gravuras, ou com outro recurso a leitura de mundo ao qual estão inseridos e trabalhando a partir de temas geradores, cujas palavras chaves sejam significativas a alfabetização.
Não tenho experiência com a educação de Jovens e adultos, mas o filme me levou a refletir sobre a possibilidade de me lançar nesse desafio que é trabalhar com essa modalidade de ensino no estágio. Acredito que seja bastante gratificante para o professor acompanhar a mudança na vida de seus alunos, utilizando o que aprenderam para viver de forma mais autônoma.
Após análise do filme se observa que os atores da história se sentem integrados a sociedade, independentes, confiantes, com a certeza que mesmo com dificuldades continuarão na escola.
Segundo Paulo Freire o sucesso da alfabetização está relacionado a uma pesquisa sociocultural dos alunos onde possam expressar através de painel com gravuras, ou com outro recurso a leitura de mundo ao qual estão inseridos e trabalhando a partir de temas geradores, cujas palavras chaves sejam significativas a alfabetização.
Não tenho experiência com a educação de Jovens e adultos, mas o filme me levou a refletir sobre a possibilidade de me lançar nesse desafio que é trabalhar com essa modalidade de ensino no estágio. Acredito que seja bastante gratificante para o professor acompanhar a mudança na vida de seus alunos, utilizando o que aprenderam para viver de forma mais autônoma.
sábado, 17 de outubro de 2009
Refletindo trabalho com PA
O trabalho com Projetos de Aprendizagem configura uma situação aberta, desestabilizadora, cujos caminhos e resultados não são pré-determinados e nem conhecidos de antemão pelos docentes. Nesta prática, os alunos, reunidos em pequenos grupos formados por interesses comuns em torno de um fenômeno que querem entender, levantam questões de investigação; buscam, organizam e comparam informações; elaboram e publicam seus achados, socializando tanto o processo desenvolvido, quanto os resultados alcançados, na medida em que o trabalho se desenvolve.
A atividade reflexiva realizada em grupo na primeira aula presencial sobre o que sabemos sobre os elementos constitutivos de um PA, possibilitou a participação das discussões das teses apresentadas de forma mais consciente, onde tivemos que nos posicionar concordando, discordando, apresentando argumentos convincentes.
No momento das discussões das teses vivenciamos momentos que parece que muitas questões estão elucidadas e que temos conhecimento suficiente sobre elementos necessários a construção de um PA. Porém ao pensar um PA com alunos percebe-se a necessidade de aprofundamento das discussões para se ter a certeza em aplicar um PA.
Através do debate de PA muitas questões foram ampliadas e esclarecidas, mas também outras dúvidas surgiram. O PA é uma proposta que me parece eficiente, porém nova e para isso precisamos quebrar paradigmas. Minha dúvida é como conciliar o trabalho com PA com os conteúdos que a escola precisa dar conta. Destinamos parte do dia para trabalhar com PA ou alguns dias da semana?
A atividade reflexiva realizada em grupo na primeira aula presencial sobre o que sabemos sobre os elementos constitutivos de um PA, possibilitou a participação das discussões das teses apresentadas de forma mais consciente, onde tivemos que nos posicionar concordando, discordando, apresentando argumentos convincentes.
No momento das discussões das teses vivenciamos momentos que parece que muitas questões estão elucidadas e que temos conhecimento suficiente sobre elementos necessários a construção de um PA. Porém ao pensar um PA com alunos percebe-se a necessidade de aprofundamento das discussões para se ter a certeza em aplicar um PA.
Através do debate de PA muitas questões foram ampliadas e esclarecidas, mas também outras dúvidas surgiram. O PA é uma proposta que me parece eficiente, porém nova e para isso precisamos quebrar paradigmas. Minha dúvida é como conciliar o trabalho com PA com os conteúdos que a escola precisa dar conta. Destinamos parte do dia para trabalhar com PA ou alguns dias da semana?
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
DILEMA DE PROFESSOR
Na próxima quinta-feira é o dia do professor. A cada dia a sociedade transfere mais responsabilidade a nós professores. Estatísticas apontam a educação como a maior preocupação dos brasileiros, que a boa educação ajuda o indivíduo a resolver conflitos, melhora a saúde e de outro lado temos educadores desrespeitados.
A zero hora dominical tem como manchete, Escolas conflagradas, que aponta que um quinto dos professores vai celebrar o Dia dos professores, esta semana sob o efeito de tranqüilizantes para combater as conseqüências de uma rotina perturbadora.Outros abandonam a sala de aula para manter a sanidade. A constante indisciplina, o clima de agressividade e os surtos de violência em escolas gaúchas comprometem a saúde mental dos professores. O magistério sente na pele e no espírito os efeitos da falta de limites nas escolas.
Na rede particular o tipo de violência mais freqüente é o assédio moral, ou seja ofensas e humilhações e ofensas e ameaças impostas por alunos, pais, chefes e colegas. O fracasso do aluno é sempre atribuído ao professor. Pressão e ofensas que tem levado professores a recorrer a medicamentos, terapia e até mesmo ao abandono da sala de aula.
Os alunos e a sociedade querem outra escola, porém acredito que transformação da escola está ligada ao resgate da imagem do professor, que hoje perdeu o respeito, a autoridade que está levando ao descontrole emocional e a desesperança. O professor está tendo uma visão pessimista do aluno.
Sabemos que a educação tem que mudar, que o professor precisa do respeito da sociedade para desenvolver suas atividades.
A zero hora dominical tem como manchete, Escolas conflagradas, que aponta que um quinto dos professores vai celebrar o Dia dos professores, esta semana sob o efeito de tranqüilizantes para combater as conseqüências de uma rotina perturbadora.Outros abandonam a sala de aula para manter a sanidade. A constante indisciplina, o clima de agressividade e os surtos de violência em escolas gaúchas comprometem a saúde mental dos professores. O magistério sente na pele e no espírito os efeitos da falta de limites nas escolas.
Na rede particular o tipo de violência mais freqüente é o assédio moral, ou seja ofensas e humilhações e ofensas e ameaças impostas por alunos, pais, chefes e colegas. O fracasso do aluno é sempre atribuído ao professor. Pressão e ofensas que tem levado professores a recorrer a medicamentos, terapia e até mesmo ao abandono da sala de aula.
Os alunos e a sociedade querem outra escola, porém acredito que transformação da escola está ligada ao resgate da imagem do professor, que hoje perdeu o respeito, a autoridade que está levando ao descontrole emocional e a desesperança. O professor está tendo uma visão pessimista do aluno.
Sabemos que a educação tem que mudar, que o professor precisa do respeito da sociedade para desenvolver suas atividades.
sábado, 3 de outubro de 2009
ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Os desafios que os educadores têm tido nas várias práticas de escolarização popular não são pequenos. Dificuldades em ensinar, em lidar com a motivação, em conseguir ganhos de consciência são permanentes nos relatos de professores que trabalham na alfabetização de jovens e adultos das camadas populares.
Os jovens e adultos que voltam à escola relatam que buscam o domínio da leitura e da escrita para melhorar de vida e saber mais. A melhora de vida está em desde deixar de trabalhar como empregada doméstica até poder ajudar os filhos em suas tarefas escolares. Os relatos não são simplificados, há toda uma gama de motivações, às vezes difíceis de serem expressas e outras vezes não expressas em um primeiro momento. Cabe ao professor perceber suas expectativas e como a escola se insere na vida desses adultos.
O primeiro desafio ao chegar na escola é enfrentar uma situação desconhecida, povoada pelas lembranças vividas na escola e pela expectativa do novo. As experiências escolares anteriores, em sua grande maioria, são desestimulantes e cheias de histórias de fracasso. Não é pequeno o número daqueles que se consideram de "cabeça dura" e que "não dão pró estudo", a partir da incorporação do fracasso. Justificam o abandono à escola a necessidade de trabalhar, distância da escola, ausência de escola no local ou ausência de professores. Afirmam também que a desconsideração dos pais pela educação contribuiu para o abandono da escola.
Os movimentos sociais organizados ou a instituições que têm trabalho popular, procuram fazer da prática educativa de alfabetização também um desafio de ordem política, pois ao mesmo tempo que trabalham com os códigos da aprendizagem da leitura e da escrita, procuram o desafio de ampliar os ganhos de consciência dos grupos populares ao refletir sobre a sua realidade e sobre o seu mundo.
O professor precisa estar seguro e motivado para ajudar a vencer as dificuldades e medos de seus alunos no retorno à escola. Para isso a concepção freireana de homem e de mundo, remete, em sua essência, a uma postura pedagógica:
Assim, a vocação do homem é a de ser sujeito e não objeto ( ...) não existem senão homens concretos ('não existe homem no vazio'). Cada homem está situado no espaço e no tempo, no sentido em que vive numa época precisa, num lugar preciso, num contexto social e cultural preciso. O homem é um ser de raízes espaço-temporais.2
(...) Para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida.3
A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo dessas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desafiado e respondendo ao desafio, alterando, criando, que não permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades e nem das culturas. E, na medida em que cria, recria e decide, vão se conformando as épocas históricas. É também criando, recriando e decidindo que o homem deve participar destas épocas.4
São extratos de algumas obras de Paulo Freire apontam para a profundidade de seus pensamentos. Ao conceber o homem como ser de vocação ontológica para ser sujeito, como um ser de relações atuando na realidade, já se antecipa que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é dinâmico e ativo. Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social.
BIBLIOGRAFIA
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992
Os jovens e adultos que voltam à escola relatam que buscam o domínio da leitura e da escrita para melhorar de vida e saber mais. A melhora de vida está em desde deixar de trabalhar como empregada doméstica até poder ajudar os filhos em suas tarefas escolares. Os relatos não são simplificados, há toda uma gama de motivações, às vezes difíceis de serem expressas e outras vezes não expressas em um primeiro momento. Cabe ao professor perceber suas expectativas e como a escola se insere na vida desses adultos.
O primeiro desafio ao chegar na escola é enfrentar uma situação desconhecida, povoada pelas lembranças vividas na escola e pela expectativa do novo. As experiências escolares anteriores, em sua grande maioria, são desestimulantes e cheias de histórias de fracasso. Não é pequeno o número daqueles que se consideram de "cabeça dura" e que "não dão pró estudo", a partir da incorporação do fracasso. Justificam o abandono à escola a necessidade de trabalhar, distância da escola, ausência de escola no local ou ausência de professores. Afirmam também que a desconsideração dos pais pela educação contribuiu para o abandono da escola.
Os movimentos sociais organizados ou a instituições que têm trabalho popular, procuram fazer da prática educativa de alfabetização também um desafio de ordem política, pois ao mesmo tempo que trabalham com os códigos da aprendizagem da leitura e da escrita, procuram o desafio de ampliar os ganhos de consciência dos grupos populares ao refletir sobre a sua realidade e sobre o seu mundo.
O professor precisa estar seguro e motivado para ajudar a vencer as dificuldades e medos de seus alunos no retorno à escola. Para isso a concepção freireana de homem e de mundo, remete, em sua essência, a uma postura pedagógica:
Assim, a vocação do homem é a de ser sujeito e não objeto ( ...) não existem senão homens concretos ('não existe homem no vazio'). Cada homem está situado no espaço e no tempo, no sentido em que vive numa época precisa, num lugar preciso, num contexto social e cultural preciso. O homem é um ser de raízes espaço-temporais.2
(...) Para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida.3
A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo dessas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desafiado e respondendo ao desafio, alterando, criando, que não permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades e nem das culturas. E, na medida em que cria, recria e decide, vão se conformando as épocas históricas. É também criando, recriando e decidindo que o homem deve participar destas épocas.4
São extratos de algumas obras de Paulo Freire apontam para a profundidade de seus pensamentos. Ao conceber o homem como ser de vocação ontológica para ser sujeito, como um ser de relações atuando na realidade, já se antecipa que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é dinâmico e ativo. Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social.
BIBLIOGRAFIA
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992
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