domingo, 13 de dezembro de 2009

PESQUISA EJA

Após as leituras, pesquisa e apresentação dos resultados da pesquisa da Interdisciplina EJA, analiso os resultados e posso afirmar com muita convicção que as teses defendidas por Paulo Freire se confirmaram tantos nas falas de professores quanto dos alunos. Que o professor deve levar os alunos a conhecerem o conteúdo, mas não como uma verdade absoluta, uma vez que ninguém ensina e ninguém aprende sozinho “os homens se educam entre si mediados pelo mundo”. O método Freireano para alfabetização do adulto sugere a catalogação de palavras-chaves do vocabulário do aluno e chamadas palavras geradoras. Elas devem estar associadas a situações de vida comum e significativas para os integrantes da comunidade em que atua.
O conjunto de pensamento de Paulo Freire expressa a idéia de que tudo está em permanente transformação e interação. Esse ponto de vista implica a concepção do ser humano como “ histórico e inacabado” e consequentemente sempre pronto a aprender.No caso do professor reflete a necessidade de formação continuada.
De acordo com esta perspectiva o professor precisa mediar atividades significativas para seus alunos. Atividades estas que podem ser determinadas através dos chamados temas geradores que partem da vida e dos saberes do educando.

PRÁTICA PEDAGÓGICA & AVALIAÇÃO:

Refletindo sobre as leituras me reportei as experiências que vivencio na escola e percebo o quanto é difícil avaliar a aprendizagem de nossos alunos. Mesmo existindo muitas maneiras de se avaliar as aprendizagens de nossos alunos em suas individualidades, na maioria das escolas ainda se adota uma avaliação classificatória. O professor se utiliza de provas e exames, com a finalidade de avaliar/medir os conhecimentos adquiridos pelo aluno para “medir” o seu conhecimento através de uma nota.
Há quatro anos não tenho aluno, mas em minha prática pedagógica sempre tive a preocupação em avaliar meu aluno de forma democrática, oferecendo várias possibilidades de avaliação. Sempre procurei ouvir meus alunos, oportunizando momentos para que desenvolvessem sua oralidade e autonomia. Nestes momentos que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo o momento de motivá-la a falar e perguntar sobre suas dúvidas e curiosidades. É nos diálogos e nos relatos que se percebe o que os alunos sabem, se interessam, tem curiosidade, para poder criar novas situações de interesse do grupo para desencadear atividades para a construção de suas aprendizagens.
Penso que a avaliação mediadora exige muito trabalho e conhecimento do professor. Por isso avaliar é sempre um desafio. Na minha escola a avaliação é diagnóstica, mas com um fim classificatório, uma vez que no final do bimestre se atribui uma nota ao aluno. Mesmo assim procuro avaliar o aluno como um todo, nas atitudes, interesse, comprometimento, participação, trabalhos individuais e coletivos, provas e auto-avaliação dos alunos. No andamento das aulas, faço anotações individuais, descrevo as aprendizagens construídas pelo aluno, no desenvolvimento das atividades realizadas, bem como suas dificuldades. Apresento os resultados aos alunos individualmente e também aos pais informando com objetividade o desempenho do filho. Procuro sempre conscientizar os alunos e pais da importância de não faltarem às aulas e de participarem efetivamente da vida da escola.
A partir do próximo ano voltarei à sala de aula para realizar meu estágio, acredito que será uma caminhada de grandes aprendizagens. Espero aperfeiçoar minha prática pedagógica também em relação a avaliação, propiciando momentos onde as aprendizagens dos alunos possam ser percebidas para pensar ação pedagógica a partir do diagnóstico visando uma escola para todos respeitando o ritmo e a individualidade de cada indivíduo.

PRÁTICA AVALIATIVA NO CONTEXTO ESCOLAR:

Avaliar a aprendizagem de um aluno causa muita inquietação nos professores, pois o professor tem a responsabilidade de acompanhar e identificar a aprendizagem individual de seus alunos, pensando estratégias para atender o ritmo e a forma de pensar de cada um. Mesmo que o professor seja bastante comprometido com a aprendizagem do aluno, utilizando metodologias e critérios bem definidos o poder de decisão continua sendo do professor. Na avaliação “classificatória” o professor se utiliza de provas e exames, com a finalidade de avaliar/medir os conhecimentos adquiridos pelo aluno, mas esses instrumentos servem apenas para verificar o grau ou nível de desempenho em apenas um aspecto do desenvolvimento do aluno. Nesta concepção não existe articulação entre uma tarefa e outra, tornando-se independente e estático. . Bloom (1983, p. 99) adverte que:

se a prática de utilização dos resultados somativos (...) não for planejada e controlada com cautela, ela terá, no máximo, uma validade duvidosa e poderá causar danos irreparáveis, fazendo com que certos alunos caminhem em direção a uma profecia de fracasso (...) o fracasso repetido pode destruir a confiança do aluno em sua própria capacidade de rendimento.

Na escola Democrática, a avaliação é mediadora, permitindo o acompanhamento de todo o processo ensino-aprendizagem, através dos mais variados instrumentos, até mesmo por provas e testes, desde que sejam encarados como diagnóstico acompanhamento ou mediação da aprendizagem para desenvolver, a cidadania, oferecendo ao aluno oportunidades que devem ser exercidas através do:
• direito de avaliar, não só de ser avaliado - todos que participam do processo devem ser avaliados;

• direito a informações - o que, como e quando será avaliado;


; • direito de ser ouvido - não para justificar o descompromisso, mas para tirar dúvidas;
Na maioria das e escolas mesmo usando vários instrumentos de avaliação acabam sendo classificatórias uma vez que o poder de decisão para promover o aluno é do professor

domingo, 22 de novembro de 2009

FRENET, O GRANDE EDUCADOR

Freinet, o grande educador continua vivo na sala de aula através das atividades como aula passeio ou o jornalzinho na sala de aula, cantinhos temáticos. Recursos como esses, que hoje parecem ter surgido pelo simples fato de que são eficientes, foram criados por Freinet a partir de sua experiência como professor primário, na década de 20. A aula-passeio, por exemplo, "mãe" do atualíssimo estudo de meio, surgiu de uma observação simples: se, dentro de sala, as crianças viviam interessadas no que acontecia do lado de fora, por que não sair
com elas e aproveitar esse interesse para o aprendizado?
Para aplicar a pedagogia de Freinet, não basta realizar aulas-passeio e jornais. Ele propõe um planejamento baseado em "atividades escolares vivas" formada por um tripé que chamou Pedagogias do Bom Senso, do Trabalho e do Êxito, sempre considerando a criança o centro de sua própria educação. Assim, cada atividade era um trabalho útil e criativo, decidido e organizado coletivamente pelos estudantes. O essencial era valorizar a livre expressão dos alunos, motivando-os a partir do que considerava necessidades vitais do ser humano: criar, se expressar, se comunicar, viver em grupo, ter sucesso, agir-descobrir e se organizar. Observadas essas condições, a escola formaria, enfim, "cidadãos autônomos e cooperativos", como queria Freinet.
Passaram-se nove décadas e continuamos discutindo e debatendo estas questões, pensando uma escola para desenvolver cidadãos autônomos críticos e cooperativos como propõe Freinet e observando as atitudes dos brasileiros percebemos a escola trabalhando de forma isolada, sem apoio da família e da sociedade de modo geral não está conseguindo formar o cidadão crítico e atuante.
Josiane Lopes Revista Nova Escola, edição 139 – jan./2001.

domingo, 15 de novembro de 2009

Consciência Fonológica

Consciência fonológica é a habilidade de perceber a estrutura sonora de palavras, ou de parte de palavras. É a percepção, pela criança, de que a língua é som. Essa consciência, que a criança tem quando começa a aprender a falar, se perde com o correr do tempo. Quando falamos, emitimos sons, sílabas, fonemas, palavras: juntamos fonemas em sílabas, sílabas em palavras e palavras em sentenças, mas não prestamos atenção nesses sons, prestamos atenção no conteúdo do que estamos falando, nas idéias. O mesmo acontece quando ouvimos: prestamos atenção no sentido, não nos sons. A criança, vencida a etapa inicial de aprender a emitir os sons da fala, também passa a prestar atenção no sentido, não nos sons. Nesta fase tende a desenvolver a capacidade de analisar os fonemas e de relacionar esses fonemas com as “letras” que os representam.
O método fônico sob o ponto de vista lingüístico apresenta erros, temos como exemplo as cartilhas começam sempre com as vogais, consideradas como sendo cinco: "A E I O U", e já aí incorrem em um erro lingüístico. As vogais não são cinco, são mais que o dobro: há vogais abertas, fechadas, nasais .
O professor que usa método fônico ensina seqüencialmente, sistematicamente, as relações fonema/grafema, a criança acaba, aprendendo a escrever e a ler, como codificação e decodificação, mas, e a compreensão? a construção de sentido? o entendimento das funções da escrita, o envolvimento em práticas sociais de leitura e escrita? Isso fica adiado “para depois”; a criança aprende só a tecnologia da escrita, desligada de seus usos sociais, o que tira todo o sentido da tecnologia. Quando se reconhecem as várias facetas da escrita, não se pode aceitar que a criança aprenda com aquele tipo de texto “O bebê baba”, “Eva viu a uva. A criança deve aprender a ler e a escrever interagindo com textos reais, com os diversos gêneros e portadores de texto que circulam na sociedade. Assim ela vai aprender não só as relações fonema/grafema, mas, simultaneamente, o sentido e função que tem a escrita. O mais adequado, é que a criança aprenda simultaneamente todas as competências e habilidades envolvidas na aquisição da língua escrita: aprenda a decodificar e codificar, isto é, aprenda as relações entre os “sons” e as letras ou grafemas, ao mesmo tempo em que aprenda a compreender textos, a construir sentido para os textos, e ainda aprenda as funções da escrita, os diferentes gêneros de textos...

Psicogênese da Escrita

De acordo com teoria resultante do trabalho das pesquisadoras argenti¬nas Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. sobre o aprendizado da língua escrita, o erro do aluno revela seu processo de construção do conhecimento. . Baseadas no pensamento do epistemólogo e psicólogo Jean Piaget, as autoras publicaram, em fins dos anos 1970, o livro Psicogênese da língua escrita e mudaram a com¬preensão que se tinha a respeito da alfabetização.
Os estudos da psicogênese partem do pressuposto de que a cons¬trução da escrita se apoia em hipóteses espontâneas elaboradas pelo aprendiz e que a criança ou adulto constroem seu conhecimento através da elaboração de hipóteses baseado em conhecimento prévio que é valorizado e sistematizado na escola.”

Algumas das hipóteses levantadas pelas crianças são que, na escrita, não se pode representar algo com pequena quantidade de letras ou com letras iguais. Na leitura, ela imagina que não é possível ler sem imagem - como se a escrita fosse sempre a "legenda" que acompanha um objeto.

Para a Teoria da Psicogênese, o que aparece como erro à primeira vista é, na verdade, um processo de atividade constante em que a criança está elaborando hipóteses e alargando seu campo de conhecimento linguístico. São os chamados "erros construtivos".
Ferreiro e Teberosky afirmam que "o que antes parecia erro por falta de conhecimento surge-nos agora como uma das provas mais tangíveis do surpreendente grau de conhecimento que uma criança tem sobre seu idioma".


A criança está constantemente pensando sobre seu objeto de aprendizagem - a língua escrita. Quando instigada ou estimulada a conferir suas hipóteses, a criança vive o chamado "conflito cognitivo". Nesse processo, ela pode mudar sua hipótese e transformá-la num outro conceito, mais amplo e mais complexo. É importante que o alfabetizador conheça os processos psicolinguísticos por que passa uma criança ao aprender a ler e escrever. O alfabetizador precisa compreender por que a criança está pensando daquela maneira, para fazer as intervenções e elaborar atividades para ajudá-la a avançar no processo de aquisição da língua escrita.

A Psicogênese desvendou algumas hipóteses do processo de alfabetização de uma criança. São elas, em linhas gerais: pré-silábica, silábica e alfabética. É importante ressaltar que a passagem de uma hipótese para a outra é gradual e depende muito das inter¬venções feitas pelo professor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Arquitetura pedagógica Baseada em Projetos de Aprendizagem.

A proposta de trabalhar com arquiteturas pedagógicas é pensar a aprendizagem como um trabalho artesanal, construído na vivência de experiências e na demanda de ação, interação e meta-reflexão do sujeito sobre os fatos, os objetos e o meio ambiente socioecológico (Kerckhove, 2003). Seus pressupostos curriculares compreendem pedagogias abertas capazes de acolher didáticas flexíveis, maleáveis, adaptáveis a diferentes enfoques temáticos.
Em uma Arquitetura Pedagógica propõe-se a Pedagogia da incerteza que parte do pressuposto que o conhecimento não está assentado nas certezas, como propõe a ciência mecanicista, mas sim nasce do movimento, da dúvida, da incerteza, da necessidade da busca de novas alternativas, do debate, da troca. Tomando por base as idéias construtivistas de Piaget e a pedagogia da pergunta de Freire, educar para a incerteza implicará em:
a) Educar para a busca de soluções de problemas reais;
b)Educar para transformar informações em conhecimento;
c) Educar para a autoria, a expressão, a interlocução;
d) Educar para a investigação.
Após refletir sobre a educação proposta nas Arquiteturas Pedagógicas e o que propõe a secretaria da Educação do RS em seus Referênciais Curriculares, elaborado em gabinete, percebo que a base são as idéias de Paulo Freire e Jean Piaget, uma vez que ambas as propostas buscam preparar o professor para o uso da tecnologia e fazer uso dela para promover discussão e solucionar problemas que tenham significado para o aluno, que leve o aluno a conhecer, interpretar, relacionar e comparar informações, construindo um conhecimento articulado, sendo autor de seus projetos para que possam construir e reinventar seus projetos recebendo e respondendo desafios através da manifestação de seu mundo interior.O proposto aqui é um refinamento do que vem sendo proposto por Comênio e pelos pensadores dos movimentos da escola nova. Infelizmente os professores não estão sendo capacitados, os exemplares referentes aos Referenciais Curriculares para o RS ainda não chegaram aos professores, estes não receberam a prometida capacitação, Lição pelo RS e o que vivenciamos nas escolas são salas de aula superlotadas e professores sem condições de inovar em sua prática pedagógica.

Arquiteturas pedagógicas para educação à distância - Marie Jane Soares Carvalho;Rosane Aragon de Nevado e Crediné Silva de Menezes

ALUNOS DE EJA

A escola para jovens e adultos, atende um grupo de pessoas pertencente a grupos diversos, formando uma sociedade com culturas diversas, definida por sua condição de excluídos da escola regular. Em sua maioria são migrantes que chegam as grandes metrópole, provenientes de áreas rurais empobrecidas, filhos de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar ( com freqüência analfabetos), com passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência que busca a escola tardiamente para se alfabetizar ou cursar algumas séries do ensino supletivo.
O ser humano se prepara para viver de acordo com as expectativas de cada período da vida observando as relações do grupo, considerando fatores históricos, culturais e sociais. Voltar à escola na condição de analfabeto na fase adulta é motivo de constrangimento, insegurança e baixa auto-estima e para vencer os obstáculos, o professor precisa desenvolver a afetividade, adaptar o conteúdo à realidade do aluno, aproveitando sua bagagem cultural para que se sintam valorizados e percebam que no EJA, acontece uma troca de experiências e saberes.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

MÉTODO DE PROJETOS

“A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento” Dewey.


As leituras das interdisciplina do Seminário Integrador e Didática e Planejamento tem me levado a refletir sobre a metodologia de desenvolver Projetos. Entendi que a atividade de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do ser humano. Por meio dela, o homem busca solução de problemas e desenvolve um processo de construção de conhecimento, que tem gerado tanto as artes quanto as ciências naturais e sociais.
O termo projeto surge numa forma regular no decorrer do século XV.Tanto nas ciências exatas como nas ciências humanas, múltiplas atividades de pesquisa, orientadas para a produção de conhecimento, são balizadas graças à criação de projetos prévios.
A elaboração do projeto constitui a etapa fundamental de toda pesquisa que pode, então, ser conduzida graças a um conjunto de interrogações, quer sobre si mesma, quer sobre o mundo à sua volta.
Foram estudadas três metodologia de Ensino por Projetos, onde o ensino por projetos tudo parte das decisões do professor, e a ele, ao seu controle, deverá retornar. Como se o professor pudesse dispor de um
conhecimento único e verdadeiro para ser transmitido ao estudante e só a ele coubesse decidir o que, como, e com que qualidade deverá ser aprendido. Na Metodologia de “aprendizagem por projetos” o aluno define o quer saber (tema), formula a questão de investigação, certezas e dúvidas, enfim, é o autor do projeto,cabe a ele construir de forma autônoma o seu conhecimento e a Metodologia por Projetos de Trabalho, tem como característica a interdisciplinariedade, baseada no “interesse” que deve acompanhar o trabalho pedagógico de modo a motivar o aluno a vontade de saber. A função do projeto é favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação a: o tratamento da informação, e a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio.
No meu entendimento a leitura sobre os Projetos de Trabalho é muito semelhante ao Projeto de aprendizagem o que provocou muitas dúvidas para a Elaboração dos Projetos Arquitetônicos para o estágio. Pensou que a diferença entre as metodologias de Projetos deveriam ser mais debatidas...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

EDUCAÇÃO PARA A LIBERDADE

Na aula presencial de ontem assistimos um filme que mostrou uma experiência de alfabetização de Paulo Freire, que inicio com um grupo de três pessoas de 40 anos de idade, experiência esta que foi ampliada e que mostrou relatos emocionantes de pessoas que passaram a acreditar que através da alfabetização a mudança para uma vida melhor seria possível.
Após análise do filme se observa que os atores da história se sentem integrados a sociedade, independentes, confiantes, com a certeza que mesmo com dificuldades continuarão na escola.
Segundo Paulo Freire o sucesso da alfabetização está relacionado a uma pesquisa sociocultural dos alunos onde possam expressar através de painel com gravuras, ou com outro recurso a leitura de mundo ao qual estão inseridos e trabalhando a partir de temas geradores, cujas palavras chaves sejam significativas a alfabetização.
Não tenho experiência com a educação de Jovens e adultos, mas o filme me levou a refletir sobre a possibilidade de me lançar nesse desafio que é trabalhar com essa modalidade de ensino no estágio. Acredito que seja bastante gratificante para o professor acompanhar a mudança na vida de seus alunos, utilizando o que aprenderam para viver de forma mais autônoma.

sábado, 17 de outubro de 2009

Refletindo trabalho com PA

O trabalho com Projetos de Aprendizagem configura uma situação aberta, desestabilizadora, cujos caminhos e resultados não são pré-determinados e nem conhecidos de antemão pelos docentes. Nesta prática, os alunos, reunidos em pequenos grupos formados por interesses comuns em torno de um fenômeno que querem entender, levantam questões de investigação; buscam, organizam e comparam informações; elaboram e publicam seus achados, socializando tanto o processo desenvolvido, quanto os resultados alcançados, na medida em que o trabalho se desenvolve.

A atividade reflexiva realizada em grupo na primeira aula presencial sobre o que sabemos sobre os elementos constitutivos de um PA, possibilitou a participação das discussões das teses apresentadas de forma mais consciente, onde tivemos que nos posicionar concordando, discordando, apresentando argumentos convincentes.
No momento das discussões das teses vivenciamos momentos que parece que muitas questões estão elucidadas e que temos conhecimento suficiente sobre elementos necessários a construção de um PA. Porém ao pensar um PA com alunos percebe-se a necessidade de aprofundamento das discussões para se ter a certeza em aplicar um PA.
Através do debate de PA muitas questões foram ampliadas e esclarecidas, mas também outras dúvidas surgiram. O PA é uma proposta que me parece eficiente, porém nova e para isso precisamos quebrar paradigmas. Minha dúvida é como conciliar o trabalho com PA com os conteúdos que a escola precisa dar conta. Destinamos parte do dia para trabalhar com PA ou alguns dias da semana?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

DILEMA DE PROFESSOR

Na próxima quinta-feira é o dia do professor. A cada dia a sociedade transfere mais responsabilidade a nós professores. Estatísticas apontam a educação como a maior preocupação dos brasileiros, que a boa educação ajuda o indivíduo a resolver conflitos, melhora a saúde e de outro lado temos educadores desrespeitados.
A zero hora dominical tem como manchete, Escolas conflagradas, que aponta que um quinto dos professores vai celebrar o Dia dos professores, esta semana sob o efeito de tranqüilizantes para combater as conseqüências de uma rotina perturbadora.Outros abandonam a sala de aula para manter a sanidade. A constante indisciplina, o clima de agressividade e os surtos de violência em escolas gaúchas comprometem a saúde mental dos professores. O magistério sente na pele e no espírito os efeitos da falta de limites nas escolas.
Na rede particular o tipo de violência mais freqüente é o assédio moral, ou seja ofensas e humilhações e ofensas e ameaças impostas por alunos, pais, chefes e colegas. O fracasso do aluno é sempre atribuído ao professor. Pressão e ofensas que tem levado professores a recorrer a medicamentos, terapia e até mesmo ao abandono da sala de aula.
Os alunos e a sociedade querem outra escola, porém acredito que transformação da escola está ligada ao resgate da imagem do professor, que hoje perdeu o respeito, a autoridade que está levando ao descontrole emocional e a desesperança. O professor está tendo uma visão pessimista do aluno.
Sabemos que a educação tem que mudar, que o professor precisa do respeito da sociedade para desenvolver suas atividades.

sábado, 3 de outubro de 2009

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Os desafios que os educadores têm tido nas várias práticas de escolarização popular não são pequenos. Dificuldades em ensinar, em lidar com a motivação, em conseguir ganhos de consciência são permanentes nos relatos de professores que trabalham na alfabetização de jovens e adultos das camadas populares.

Os jovens e adultos que voltam à escola relatam que buscam o domínio da leitura e da escrita para melhorar de vida e saber mais. A melhora de vida está em desde deixar de trabalhar como empregada doméstica até poder ajudar os filhos em suas tarefas escolares. Os relatos não são simplificados, há toda uma gama de motivações, às vezes difíceis de serem expressas e outras vezes não expressas em um primeiro momento. Cabe ao professor perceber suas expectativas e como a escola se insere na vida desses adultos.

O primeiro desafio ao chegar na escola é enfrentar uma situação desconhecida, povoada pelas lembranças vividas na escola e pela expectativa do novo. As experiências escolares anteriores, em sua grande maioria, são desestimulantes e cheias de histórias de fracasso. Não é pequeno o número daqueles que se consideram de "cabeça dura" e que "não dão pró estudo", a partir da incorporação do fracasso. Justificam o abandono à escola a necessidade de trabalhar, distância da escola, ausência de escola no local ou ausência de professores. Afirmam também que a desconsideração dos pais pela educação contribuiu para o abandono da escola.
Os movimentos sociais organizados ou a instituições que têm trabalho popular, procuram fazer da prática educativa de alfabetização também um desafio de ordem política, pois ao mesmo tempo que trabalham com os códigos da aprendizagem da leitura e da escrita, procuram o desafio de ampliar os ganhos de consciência dos grupos populares ao refletir sobre a sua realidade e sobre o seu mundo.



O professor precisa estar seguro e motivado para ajudar a vencer as dificuldades e medos de seus alunos no retorno à escola. Para isso a concepção freireana de homem e de mundo, remete, em sua essência, a uma postura pedagógica:

Assim, a vocação do homem é a de ser sujeito e não objeto ( ...) não existem senão homens concretos ('não existe homem no vazio'). Cada homem está situado no espaço e no tempo, no sentido em que vive numa época precisa, num lugar preciso, num contexto social e cultural preciso. O homem é um ser de raízes espaço-temporais.2

(...) Para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independente dele, possível de ser conhecida.3

A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação e decisão, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentando a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo dessas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desafiado e respondendo ao desafio, alterando, criando, que não permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades e nem das culturas. E, na medida em que cria, recria e decide, vão se conformando as épocas históricas. É também criando, recriando e decidindo que o homem deve participar destas épocas.4

São extratos de algumas obras de Paulo Freire apontam para a profundidade de seus pensamentos. Ao conceber o homem como ser de vocação ontológica para ser sujeito, como um ser de relações atuando na realidade, já se antecipa que, para Paulo Freire, o processo de aprendizagem é dinâmico e ativo. Quando aceitamos que o homem seja sujeito na compreensão do mundo, aceitamos que também o seja na construção do seu conhecimento sobre a escrita, uma parcela do conhecimento social.

BIBLIOGRAFIA

HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992

sábado, 19 de setembro de 2009

ESCRITA X LIBERDADE

A aquisição da escrita contribui para a transformação das estruturas mentais libertando o indivíduo possuidor dessa habilidade para usar suas faculdades mentais em exercícios de operações mais abstratas, superiores.
Ong, num influente estudo que apresenta a tese da escrita enquanto tecnologia (e portanto artificial, em oposição ao natural), Ong (op. cit.) mantém que

Como outras criações artificiais e de fato mais do que qualquer outra, a escrita é absolutamente valiosa e aliás essencial para a realização do potencial interior humano mais completo. As tecnologias não são meros auxiliares externos, mas também transformações in¬ternas do nosso ser ciente (consciousness), e o são muito mais ainda quando elas afetam a palavra. A escrita aumenta a condição de ser ciente. (1982: 82).

Nossa sociedade valoriza justamente aquilo que é postulado como característico do pensamento transformado pela escrita, denominando de "mito do letramento", uma ideologia que vem se reproduzindo nos últimos trezentos anos, e que confere ao letramento uma enorme gama de efeitos positivos, desejáveis, não só no âmbito da cognição, como já foi apontado, mas também no âmbito do social.
O domínio da leitura e da escrita permitem ao indivíduo integrar-se na vida moderna, ascensão e mobilidade social, o dsenvolvimento econômico com aumanto da produtividade e distribuição de riqueza. Por tudo isso é inadimissível :

É muito grave que [...] haja número tão elevado de crianças sem escola no Mundo — garantia de uma taxa acumulada de adultos ignorantes no futuro. É como se assistíssemos, neste final de século, a uma degradação do Homo Sapiens — nós e a nossa civi¬lização (O Globo, 4/3/1990);
O analfabeto compreende mal o que ouve e respon¬de de maneira bastante imperfeita às mensagens assim recebidas. O analfabeto precisa até de aten¬ção mais aplicada ao que vê. (O Globo, 27/10/1989).

LÍNGUA DE SINAIS

A aula presencial de Língua de Sinais foi interessante e ao mesmo tempo surpreendente. Uma experiência nova que proporcionou várias inquietações e reflexões. No inicio da aula, o primeiro desafio, prestar atenção nos sinais apresentados pela professora e ouvir a interprete. No decorrer da aula refleti sobre os vários fatores que contribuem para a dificuldade de comunicação entre as pessoas que usam linguagem diferente.
Acredito que aprender a se comunicar por sinais seja um grande desafio devido a variedade de sinais e ao fato dos sinais variarem de um lugar para outro, pois pensava que a convenção erra universal. O fato de cada pessoa ter um sinal próprio também me chamou bastante atenção.
Na escola comentei com colegas sobre a aula de sinais e o que me chamou atenção foi o interesse do grupo pelo assunto. Uma colega tem conhecimento da língua de sinais e trabalha com seus alunos de pré-escola.
Estou curiosa e apreensiva sobre as atividade desta interdisciplina pelo fato de ser a distância. Durante a aula tive muita dificuldade para fazer os sinais com a professora e também muita dor nas mãos e dedos. Agora é aguardar as atividades.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MODALIDADE EJA DE ENSINO

A Educação para jovens e adultos, hoje chamada EJA é uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções específicas. Ela representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de obras públicas. Ser privado deste acesso é, de fato, a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na convivência social contemporânea.
Apesar da oferta desta modalidade de ensino ser oferecida à todos que a ela buscarem, a permanência destes alunos na escola vai depender da proposta pedagógica da escola que deve levar em consideração a exigências da escola EJA que é adequar os conteúdos às necessidades e realidades dos educandos e da qualificação dos docentes no sentido de promoverem ensino significativo para o aluno.

CAMINHOS DO PLANEJAMENTO

As reflexões proporcionada pela disciplina Didática e Planejamento, me reportaram a época de estudante do Curso de Formação para o Magistério quando a professora de Didática orientava a seguir um roteiro meramente burocrático na elaboração nos planos de aula. No período de estágio o que era avaliado eram se as regras estabelecidas, como escolha dos verbos pra os objetivos, gerais, específicos, a listagem dos conteúdos, procedimentos, recursos e avaliação, estavam claras, sem considerar o aluno, suas necessidades e interesses.
Entendo que o planejamento é imprescindível para decidir que tipo de sociedade e de homem queremos formar e que tipo de ação educacional é necessária para isso. Para isso é necessário pensar o planejamento de ensino considerando: o contexto em que meu aluno está inserido; suas necessidades e interesses; quais são meus objetivos; que caminhos vou percorrer associados aos conteúdos para alcançar meus objetivos e como meus alunos estão reagindo a minha proposta de trabalho.
A prática pedagógica deve ser avaliada constantemente, analisando os resultados das ações realizadas, mantendo o que está dando certo e repensando, revendo as ações cujos resultados não estão de acordo com o esperado, buscando novas estratégias para alcançar os objetivos estabelecidos


As reflexões proporcionada pela disciplina Didática e Planejamento, me reportaram a época de estudante do Curso de Formação para o Magistério quando a professora de Didática orientava a seguir um roteiro meramente burocrático na elaboração nos planos de aula. No período de estágio o que era avaliado eram se as regras estabelecidas, como escolha dos verbos pra os objetivos, gerais, específicos, a listagem dos conteúdos, procedimentos, recursos e avaliação, estavam claras, sem considerar o aluno, suas necessidades e interesses.
Entendo que o planejamento é imprescindível para decidir que tipo de sociedade e de homem queremos formar e que tipo de ação educacional é necessária para isso. Para isso é necessário pensar o planejamento de ensino considerando: o contexto em que meu aluno está inserido; suas necessidades e interesses; quais são meus objetivos; que caminhos vou percorrer associados aos conteúdos para alcançar meus objetivos e como meus alunos estão reagindo a minha proposta de trabalho.
A prática pedagógica deve ser avaliada constantemente, analisando os resultados das ações realizadas, mantendo o que está dando certo e repensando, revendo as ações cujos resultados não estão de acordo com o esperado, buscando novas estratégias para alcançar os objetivos estabelecidos

terça-feira, 7 de julho de 2009

REFLEXÃO FILME "ENTRE OS MUROS DA ESCOLA"

o A reflexão síntese deste semestre tem, o cotidiano escola mostrado no filme, “Entre os Muros da Escola”, como foco de análise. Apesar de ser um filme Italiano reflete a realidade das escolas públicas brasileiras e deve ser levada para discussão nas escolas. O filme é focado na escola, isto é, nas múltiplas relações entre aquele ambiente e as pessoas que ali convivem, e, claro, também nas relações entre os envolvidos: alunos e professor, alunos e alunos.
“ Neste filme tudo tem cara de verdade, nos dá a sensação de que já vimos isso antes, não num filme, mas na nossa esquina, nas experiências em escolas e professores contemporâneos. Ou seja, é espantosamente perto de nós!!! Sem dúvida, o filme comporta muitas discussões e todos os professores e administradores tem obrigação de assistir o filme e aproveitar suas lições.”
(Rubens Ewald Filho)

O filme reproduz uma crise de autoridade no núcleo da Sociedade. A família não mais está empolgando a criação, a educação e a cultura de seus filhos. E esta condição está sendo reflexo de seus procedimentos na escola, na própria Sociedade e na relação professor/aluno. O descaso do governo com a educação, com a desvalorização dos professores mostra sua cara na violência em todos os setores do mundo contemporâneo. Todos estes fatores ligados ao culto da desobediência civil velada nas festas "rave", nas músicas que pregam o uso de enfrentamento dos costumes com os de seus pais, o desenvolvimento do tráfico de todos os males como de armas, de drogas, da violência e das baixarias que os meios de comunicações proporcionam, aliados a exemplos de homens públicos e políticos corruptos levam nossos jovens a viver sem esperança e buscar alternativas de vida fácil.
A falta e omissão das autoridades constituídas parecem favorecer a falta de perspectivas que arrastam multidões de jovens para a mais valia. Precisamos que as instituições de ensino e os meios de comunicação unam suas forças vivas da nação para combater e estudar alternativas para a melhoria da qualidade de vida e promoção do bem comum dos brasileiros.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

EDUCAÇÃO INFANTIL

Adorno em seu texto nos fala da educação após Auschiwitz como alternativa para que a barbárie não se repita destacando que a mesma deve começar na educação infantil,j á Kant em seu texto fala que...as crianças são mandadas cedo à escola, não para que aí aprendam alguma coisa, mas para que aí se acostumem a ficar sentadas tranqüilamente e a obedecer pontualmente àquilo que lhe é mandado...
Observando o ponto de vista dos autores, a finalidade da educação infantil é humanizar a criança uma vez que o ser humano vêm ao mundo em seu estado bruto e tem a necessidade de cuidados especiais para o seu desenvolvimento e a formação de sua conduta. Na espécie humana uma geração educa a outra.
A finalidade da educação infantil para a sociedade é o desenvolvimento da cidadania e nos estudos acadêmicos que deve começar com o nascimento da criança, ou seja, a educação deverá começar a partir do momento em que a criança vem ao mundo. Assim deve ser por se tratar da necessidade de formamos o homem, antes que este possa se inserir na sociedade como cidadão.
Para se realizar um trabalho eficiente e capacitado à criança,é necessário uma boa estrutura.. Isso inclui ter material suficiente para que todos consigam compartilhar e um bom espaço de criação.
A relação educação / infância deve ser um processo cultural, na qual a educação, por métodos, didáticas e técnicas eficazes faça com que a criança desenvolva relações de respeito mútuo, justiça, solidariedade, igualdade, assim como liderança e outros fatores predominantes na sociedade.

ENSINAR AUTONOMIA

Adorno coloca a autonomia como a única força capaz de nos livrar da barbárie. E Kant nos chama a atenção quando fala que:Não é suficiente treinar as crianças; urge que aprendam a pensar. A nós educadores cabe a tarefa de desenvolver a autonomia de nossos alunos. Como fazer é a questão.
A Cada reflexão que fizemos sobre nossa prática mais nos conscientizamos da complexidade do fazer docente. A sociedade contemporânea, marcada pela complexidade, pelas relações sociais em rede e pela tecnologia da informação e da comunicação cada vez mais avançadas, nos faz refletir e ter a certeza que a função da escola mudou. A instituição de ensino bem como o professor deixa de ser a principal fonte de informação e passam a se preocupar com a formação integral dos indivíduos.
Penso que o desenvolvimento da autonomia de nossos está relacionada ao respeito que precisamos ter com o tempo de nossos alunos, conhecendo a espistemologia genética , identificando os estádios de desenvolvimento de cada criança, reconhecendo-os como sujeitos totais para entender seus anseios, o seu processo de aprendizagem e proporcionar atividades significativas, pois acredito que uma das causas de indisciplina e desinteresse dos alunos seja fatores relacionados ao seu desenvolvimento, ou seja os tempos de ensinar e os tempos humanos. Sabemos sobre o que ensinar e como ensinar, sobre o processo de aprendizagem, porém sobre a formação dos educandos como sujeitos totais, como sujeitos cognitivos, éticos, culturais, afetivos sabemos muito pouco.
A formação esperada da escola apontam para a emancipação social e individual, disciplinando para formar homens felizes, para libertá-lo da tirania, da dependência dos problemas irracionais, desenvolvendo a solidariedade, a compreensão entre os seres humanos,.o respeito a ordem social , desenvolvendo a inteligência e difundindo a visão de mundo, promovendo ação com o propósito de provocar, colocando o pensamento do aluno em movimento e criando situações em que os interesses do aluno possam emergir e o aluno atuar. Dar condições para que o aluno tenha acesso a elementos novos, para possibilitar a elaboração de respostas aos problemas suscitados, para contradição entre sua representação e realidade e solicitar e acompanhar o percurso de construção.

domingo, 21 de junho de 2009

Autismo

Na escola onde trabalho vivemos um grande desafio. Temos um aluno na escola há três anos, sem diagnóstico, com sinais de autismo. Pelo que tenho lido e participado das discussões nos fóruns este aluno é portador desta síndrome, Ele pouco se comunica com professores e colegas, não fala vive num mundo a parte e não conseguem expressar o que sente. O aluno, devido a dificuldade dos pais ainda não têm um diagnóstico, apenas atendimento com fono e psicóloga na APAE. O autismo é muito difícil de ser diagnosticado e somente um profissional (médico) terá condições de fazer uma avaliação, o aluno continua fazendo exames solicitados pelo Neurologista. São alguns sintomas dos portadores do autismo: - Não contem contato visual, - Conduta distante e retraída, - Indica suas necessidades através de gestos, - Dificuldade em se misturar com outras crianças, - Resiste a mudanças de rotina, - Habilidades motoras desniveladas, - Hiperatividade física, - Apego inadequado a objetos, - Ecolático (repetição de palavras, sons ou gestos...) - Dificuldade de comunicação, - Tendência a se isolar, - Necessidade de rotina, - Ausência de iniciativa (dar ordens curtas), - Movimento (balançar) ... Alguns autistas caminham muito e sempre na mesma direção. Estes necessitam de espaço. Crianças com autismo leve devem ser incluídas numa sala de aula, uma vez que se alfabetizam e seguem seus estudos normalmente. Neste caso o aluno está freqüentando a escola há três anos e ainda não apresentou progressos significativos para a idade, hoje com 8 anos.

Aprendizagens

As aulas de Psicologia têm esclarecido muito das dúvidas que irão qualificar minha prática Pedagógica.
Os conflitos entre os alunos, principalmente entre os alunos menores sempre foi um tema que me inquietou muito.
Na escola onde trabalho essa preocupação é constante, para isso desenvolvemos projetos para reduzir o problema. Estudando Piaget passei a entender melhor o comportamento dos alunos pois suas pesquisas são uma referência para educadores explicarem como as crianças de 7 a 10 anos estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade O professor precisa estar atento aos acontecimentos para auxiliar as crianças nas diferentes situações vivenciadas na escola.
A leitura do material recomendado sobre o método clínico piagetiano e a descrição de algumas provas aplicadas em alunos de acordo com um roteiro
vai me ajudar a entender o estádio de desenvolvimento de meus alunos e assim ajudá-los em suas dificuldades de aprendizagem.
Na última aula presencial elaboramos um mapa conceitual sintetizando as aprendizagens mais significativas do semestre que devemos aplicar em nosso cotidiano escolar.

domingo, 14 de junho de 2009

Significações de violência na Escola

A agressividade é algo que nasce com nós. É um impulso natural que faz parte da afetividade de todas as pessoas e sempre que somos impedidos de realizar nossas metas o nosso lado agressivo se manifesta. A agressividade é nata da personalidade e não é necessariamente destrutiva. Já a violência é um ato que causa dano, que fere, que magoa, e pode ser praticada de forma consciente ou inconsciente.
A cada ano que passa, observo que a preocupação dos professores em relação à violência vem aumentando gradativamente. Vários professores comentam que seus alunos, no momento de resolverem questões desagradáveis, acabam por agredirem-se através de verbalizações, olhares e gestos. A impressão dos professores é de que os alunos consideram natural que todos os problemas devam ser resolvidos com atitudes violentas, parecendo ser necessário o sofrimento do outro. Essa atitude no relacionamento entre os alunos, muitas vezes, gera um círculo de agressões, pois o que foi prejudicado primeiro agride o outro e esse, por sua vez, sente-se autorizado a revidar e assim ocorre uma seqüência de atitudes agressivas.
As expressões mais comentadas, pelos professores sobre a violência escolar se referem:
• as famílias, que estão desestruturadas, que agridem, que negligenciam.
• padrões culturais uma vez que a mídia, os jogos, videogame ensinam as crianças a verem a violência como normal.
• as brincadeiras uma vez que só sabem correr e bater, lutar, dar rasteira, tapa, tudo é resolvido assim e os alunos justificam que estão brincando.
• violência associada a aprendizagem, conteúdos com pouco significado para o aluno. A questões estruturais do aluno, falta de lazer, cultura, habitação e renda.
• violência associada a falta de condições da escola que não tem estrutura para atender bem o aluno, professores em situação de abandono, realizando um trabalho solitário, sem assistência para resolver os conflitos com alunos.
Após leitura do texto de Jaqueline Picetti, tenho refletido sobre o tema em questão: será que as atitudes observadas e consideradas por nós professores como violentas têm o mesmo significado para os alunos? As atitudes dos alunos não seriam características do processo de construção da moralidade? Na maioria das vezes os alunos envolvidos em conflitos estão na faixa dos 10 anos e segundo Piaget (1994) os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções..

Para Piaget (1994) as crianças esperam uma punição e consideram a sanção necessária e quanto mais severa ela for, mais justa o será restituição. Acreditam que a sanção deve corresponder exatamente ao ato cometido, para que o culpado sofra as conseqüências de sua falta.
A confiança da criança no adulto está ligada as sanções adotadas nos conflitos.

As pesquisas de Piaget são uma referência para educadores explicarem como as crianças de 7 a 10 anos estão construindo as noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade O professor precisa estar atento aos acontecimentos para auxiliar as crianças nas diferentes situações vivenciadas na escola.


Bibliogafia

Picetti Jaquelie, Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?

A MÚSICA NA ESCOLA

A música é um meio para a criança adquirir determinadas competências. Enquanto a criança aprende Ciências ela está adquirindo aptidão a pesquisa, desenvolve capacidade ligada à essa área, como na matemática desenvolve o raciocínio lógico. A música desenvolve a sensibilidade, a percepção, a observação, a atenção, a memória auditiva, e é este conjunto de habilidades que capacita o indivíduo a participar efetivamente da sociedade a qual está inserida. A música também é um veículo que usamos para transmitir as nossas crianças os nossos valores, fazendo com que elas adquiriram respeito pela cultura do seu povo.
Ensinar a criança a apreciar vários compositores, acompanhando o ritmo, com instrumentos adaptados, com o corpo, com a dança ou alguma atividade física ativa, onde a criança assimila e responde na mesma hora.
As atividades com músicas folclóricas é das mais apreciadas e, os brinquedos cantados, as músicas em fileiras como a “De marre de si” ou a da “ Rosa Juvenil que podem ser dramatizadas, devem fazer parte do cotidiano escolar. Tem também as “Trava-línguas” (Um tigre, dois tigres, três tigres), a parte de “parlendas folclóricas. É comum também, a utilização de músicas ligadas a temas; se está trabalhando o corpo, usar música que falem do assunto.
Todo este trabalho e outros mais específicos podem ser trabalhados com alunos de pré-escola e série iniciais do ensino fundamental.
Na escola onde trabalho a bem pouco tempo a música era pouco explorada, as crianças não sabiam brincar usando jogos e brincadeiras de rodas, atualmente o uso da música se intensificou bastante, principalmente com os menores. Percebe-se o quanto as crianças se encantam com a música.

Texto extraído da entrevista da professora Maria Meron.

domingo, 7 de junho de 2009

A MÚSICA E A CRIANÇA

O PA que o meu grupo está desenvolvendo está voltado para a investigação da contribuição da música na aprendizagem da criança.
Estamos definindo nossa linha de pesquisa mas o inicio da pesquisa confirma que brincando e cantando podemos desenvolver conceitos básicos de cidadania, organização, de socialização e auto-estima entre outros.
O trabalho inicial deve iniciar com atividades muito práticas sem a necessidade de exercícios teóricos. A informação musical pode ser passada através de canções, de movimentos e sons corporais, de brincadeiras musicais, sem a necessidade de uso de instrumentos musicais, ou com objetos sonoros que se adaptem a criança e que ela possa manusear. Os professores devem intensificar o uso de músicas folclóricas e as músicas populares e eruditas, adequadas a cada faixa etária. As crianças poderão até criar ritmos e melodias inventando a sua própria canção.
O uso de instrumentos musicais específicos não deve ser apresentado à criança a menos que ela demonstre interesse. O importante é a consciência da família e do educador do quanto a música é fundamental para o desenvolvimento geral da criança. Ela ajuda a desenvolver a auto-estima, a auto-confiança, a sensibilidade, a criatividade, o raciocínio, a memória, a comunicação, a expressão e a socialização.
A escola não tem como meta formar músicos, mas usar a música como recurso para ajudar o aluno a se desenvolver em sua plenitude.
Nós educadores muitos vezes não intensificamos o uso da música com nossos alunos porque não somos capacitados, mas os recursos que estão disponíveis nas escolas nos permitem trabalhar

Auto-estima na Criança Negra

Auto-estima é a capacidade de gostarmos de nós mesmos, de nos aprovarmos, a certeza de que somos capazes de realizar determinadas coisas, de que somos competentes em determinadas habilidades. A auto-estima reflete a imagem que temos de nós mesmos (nossa auto-imagem) como a imagem que acreditamos que as outras pessoas tem de nós, aquilo que acreditamos que elas pensam a nosso respeito.
O ser humano independente de “raça”, classe social, de nacionalidade, enfrenta em alguns momentos de sua vida insatisfação de maior ou menor proporção com aquilo que acredita ser. A ironia é que embora a insatisfação se apresente, são os fatores sociais como raça, classe social, entre outras que intensificam a complexidade desta problemática que é gostar de si mesmo. Cabe a nós adultos abrir os braços para a diversidade humana aprendendo a conviver com a diferença, respeitando-a para que quando indagada por nossas crianças sobre qual de suas bonecas de diversas cores é a melhor, a mais bonita, a mais inteligente elas sejam capazes de nos responder que todas elas podem ser.
O Brasil é formado por uma multiplicidade cultural, e junto com esta uma série de conflitos que adquiri propriedades especificas de manifestação. O racismo em nosso contexto é tão presente como em outras partes do mundo, só que nossa discriminação racial é escamoteada, é mascarada, por isso um olhar ingênuo pode não percebê-lo. A imagem do negro é associada a atividades socais de pouco ou nenhum prestígio social. Com esta visão algo de preocupante ficou evidente. Se a imagem do negro é vista de maneira negativa pela sociedade, como fica a auto-estima de crianças negras, já que a auto-estima relaciona-se intimamente com a auto-imagem e o autoconceito.
É de fundamental importância a desconstrução desta imagem de inferioridade social do negro na construção de uma sociedade sem preconceito. É necessário que se desenvolvam projetos nas escolas que trabalhem a figura do negro de forma prática. Sem isso, essa realidade que nós mesmos convencionamos chamar de mesquinha, continuará inalterada.
O pensar só se modifica diante de condições concretas da realidade que exijam do sujeito novas formas de agir.

domingo, 31 de maio de 2009

BULLYNG, A FORMA ESCOLAR DA TORTURA

O texto de Adorno, na interdisplina de Filosofia da Educação ressalta que a principal meta da educação deve ser a de evitar que Auschwit se repita. Refletindo sobre os mais variados tipos de violência que ocorrem em nossa sociedade me dediquei a estudar o bullyng na escola que é a violência que está estampada nos jornais, sendo tema nas discussões dentro das escolas. Pesquisando sobre o assunto constatei que fui vítima dele a quase quarenta anos atrás. Filha de agricultor, aos sete anos de idade fui morar com uma tia na cidade para estudar onde fiz muitas amizades com as crianças da vizinhança. Brincávamos de escolinha, casinha e éramos muito feliz. Dois anos depois voltei para o interior com meus pais onde fui estudar em escola de zona rural multiseriada. Ao concluir a quinta série precisei voltar para a cidade para continuar meus estudos. Ao retornar esperei encontrar meus antigos amigos, agora adolescentes. O reencontro foi uma grande decepção, pois fui rejeitada pelos antigos colegas que não aceitaram no grupo uma colega vinda da “roça” que não usava roupa de marca. Essa rejeição prejudicou muito o meu desenvolvimento pois baixou minha auto-estima, a escola perdeu um pouco do encanto e até passei a apresentar dificuldade de aprendizagem.
Atualmente na escola onde trabalho, percebo que alunos gordos recebem apelido dos colegas, não são aceitos nas brincadeiras, demonstram revolta, olhar triste, inexpressivo, caminham olhando para o chão. Os mais variados apelidos são bastante usados como forma de agredir os colegas ou de demonstrar sua força, como também ameaças de agressão que as vezes são praticada no caminho da escola. , o “bullying” não se manifesta por meio de agressão física mas por meio de agressão verbal e atitudes. Isolamento, caçoada, apelidos. Questionados, os agressores afirmam que estão fora da escola e não assumem responsabilidade pelos seus atos.
O bullyng é uma prática presente nas escolas e que assusta muitas crianças e adolescentes.
“Bullying” é o nome dele. Fica o nome inglês porque não se encontrou palavra em nossa língua que seja capaz de dizer o que “bullying” diz. “Bully” é o valentão: um menino que, em virtude de sua força e de sua alma deformada pelo sadismo tem prazer em intimidar e bater nos mais fracos. Vez por outra as crianças e adolescentes brigam em virtude de desentendimentos. São brigas que têm uma razão. Acidentes. Acontecem e pronto. Não é possível fazer uma sociologia dessas brigas. Depois da briga os briguentos podem fazer as pazes e se tornarem amigos de novo. Isso nada têm a ver com o “bullying”. No “bullying” um indivíduo, o valentão, ou um grupo de indivíduos, escolhe a sua vítima que vai ser o seu “saco de pancadas”. A razão? Nenhuma. Sadismo. Eles “não vão com a cara” da vítima. É preciso que a vítima seja fraca, que não saiba se defender. Se ela fosse forte e soubesse se defender a brincadeira não teria graça. A vítima é uma peteca: cada um bate e ela vai de um lado para outro sem reagir. Do “bulling” pode-se fazer uma sociologia porque envolve muitas pessoas e tem continuidade no tempo. E o terrível é que a vítima sabe que não há jeito de fugir. Ela não conta aos pais, por vergonha e medo. Não conta aos professores porque sabe que isso só poderá tornar a violência dos colegas mais violenta ainda. Ela está condenada à solidão. E ao medo acrescenta-se o ódio. A vítima sonha com vingança. Deseja que seus algozes morram. Vez por outra ela toma providências para ver seu sonho realizado. As armas podem torná-la forte.
Edimar era um jovem tímido de 14 anos que veio estudar em uma escola Cenecista. No primeiro dia de aula foi ofendido por colegas que lhe deram o apelido de orelhudo durante toda a aula. Seus colegas fizeram-no motivo de chacota. Este caso teve um final feliz pois o aluno teve coragem de denunciar o ocorrido a seus pais e como a escola era particular o líder da chacota foi convidado a se retirar da escola. Os pais do aluno agressor, assim como na novela das oito protegem seu filho e hoje o processo está na justiça. Sabemos de casos em que o agredido não teve coragem de denunciar sendo levado a loucura.
Os educadores precisam estar atentos para que a escola não seja um local para se promover a violência.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

REPENSANDO NOSSA INFLUÊNCIA

O filme, O Clube do Imperador, mostra um professor apaixonado por seu trabalho que tem sua vida modificada após conhecer um novo aluno, com quem inicialmente trava uma guerra de egos mas acaba desenvolvendo uma grande amizade. O professor trabalha em uma escola preparatória para rapazes que recebe alunos da alta sociedade americana. O professor Hundert dá lições de moral para serem aprendidas, através do estudo de filósofos gregos e romanos falando para os seus alunos que "o caráter de um homem é o seu destino" e se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude correta.
Mesmo com os princípios de honestidade do professor e trabalhar para educar com exemplo que é o papel do educador para a transformação da sociedade, o professor foi enganado e trapaciado nos dois concursos pelo seu aluno Sedgewick, sendo que no segundo concurso usou a escola onde havia estudado e a influência do professor para trapaciar mais uma vez e assim se lançar candidato e seguir a carreira de seu pai ao qual não existia afeto nenhum.
Usei o exemplo do filme para mostrar que mesmo os professores mais atentos e comprometidos com a educação são manipulados de alguma forma. O currículo ao qual estamos atrelados é uma forma de sermos manipulados, os livros didáticos, a mídia e a própria sociedade ao qual a escola está inserida. Um outro exemplo de manipulação é a forma como o governo do estado está discutindo o novo plano de carreira para o magistério estadual. A governadora desgastada politicamente e com a certeza que a assembléia não aprovaria o plano de carreira conforme está sendo apresentado está simulando uma discussão com a sociedade. Para isso está convocando uma representação de alunos, pais e professores por coordenadoria, diretores de escola para apresentar o referido plano e depois usar a presença dessas pessoas nas reuniões para pressionar os deputados sobre a alegação de que a sociedade concordo com os absurdos que estão sendo apresentados.
Acredito que o plano de carreira deve ser repensado, mas a proposta apresentada só reforça o descaso do governo com a educação que a cada ano aumenta o número de alunos na sala de aula e reduz os investimentos com a educação.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Estudando a História da educação especial se percebe que houveram muitos avanços. Há bem pouco tempo os familiares de crianças com algum tipo de deficiência, ao invés de buscar ajuda para o desenvolvimento dessas crianças o escondiam por vergonha. Cientistas passaram a se interessar pelo assunto e hoje se sabe que pessoas com necessidades especiais se desenvolvem, embora de forma mais lenta. E os pais passaram a acreditar na potencialidade de seus filhos e passaram a buscar recursos para o seu desenvolvimento. Com o aumento de pessoas que buscaram esse atendimento para seus filhos as despesas aumentaram. Para baixar os custos o governo criou a educação especial para as referidas crianças, mas devido a falta de critérios para encaminhar os alunos para essas escolas, muitos alunos passaram a freqüentar essas escolas causando um sério prejuízo financeiro e moral, uma vez que crianças que apresentavam alguma dificuldade de aprendizagem passaram a ser rotuladas de deficientes.
Na tentativa de amenizar os problemas criados com a educação especial foi criado uma legislação que garante o ingresso e qualidade do ensino de crianças portadoras de necessidades especiais, na rede regular de ensino. As pessoas envolvidas na elaboração dessa legislação apresentaram um profundo conhecimento sobre o assunto, detalhando tudo o que seria necessário para o bom atendimentos desses estudantes. Só que como sabemos a lei não é cumprida e os recursos previstos no orçamento é de 1%, o que comprova uma realidade de pouca inclusão e muita economia. As escolas da rede estadual não recebem nenhum recurso destinado a educação desses alunos, não capacita os professores, não dispões de atendimento especializado. As escolas recebem os alunos em respeito a lei mas pouco podem fazer por essas crianças.
A Itália é apontada como exemplo de bom atendimento a alunos com necessidades especiais ,com profissionais especializados em todas as escolas. Já no Brasil o exemplo positivo que temos é o trabalho desenvolvido de forma experimental, por graduandos, na rede Municipal de Porto Alegre, o que comprova que também não há investimento por parte dos governantes e sim pessoas interessadas em desenvolver projetos para beneficiar a sociedade

domingo, 17 de maio de 2009

PROFESSOR COMPROMETIDO

O filme “O Clube do Imperador” de Michael Hoffman retrata a experiência de um professor de História, apaixonado pelo seu trabalho e após receber um novo aluno, Sr Bell, filho de um Senador tem a sua rotina alterada e luta para motivar esse aluno e para que seus princípios sejam preservados. Desde o primeiro dia de aula o novo aluno gerou momentos de conflito. Como o professor percebeu em conversa com o pai que não poderia contar com sua colaboração para solucionar os conflitos passou a criar estratégias para cativar o aluno. Durante um certo tempo o professor pensou que seu aluno teria se tornado um aluno responsável, seu amigo e na hora de avaliar a prova para definir quem participaria de um concurso optou por deixar um aluno com nota melhor fora do concurso para valorizar o empenho e dedicação do aluno rebelde. Durante a prova o aluno tentou testar a honestidade do professor, colando na prova e mostrando ao professor que continuava sendo o mesmo aluno desonesto e acreditando que por ser filho de político estava acima de todos e podia fazer o que quisesse.
Quem de nós professores já não passou por uma situação semelhante? Professores comprometidos com seus alunos muitas vezes na ânsia de ajudar e valorizar o pouco que um aluno produz devido aos mais diversos problemas muitas vezes acaba sendo injusto com os demais alunos. Nosso olhar se volta para os alunos com dificuldades e esquecemos dos alunos que são independentes responsáveis. A tarefa de educador exige que o professor esteja atento e com sabedoria para tomar a atitude na hora certa cuidando para evitar injustiças

domingo, 3 de maio de 2009

Construção do Conhecimento

Piaget a partir do estudo da construção do conhecimento estudou a gênese das estruturas cognitivas, explicando que a aprendizagem se constrói a partir da interação entre o sujeito e o meio através da assimilação e acomodação de ações. Explica também que para que haja estágios é necessário que a ordem de sucessão das aquisições seja constante, ou seja uma característica não aparecerá antes de outra. Podemos distinguir em qual estádio o sujeito se encontra observando-se sua relação com o objeto, suas características cognitivas, sua maneira de pensar, refletida na maneira como ele lida com suas dificuldades na sua realidade
Os estádios podem variar de uma população para a outra, uma vez que ele depende da experiência anterior dos indivíduos, dependendo do meio social que pode acelerar ou retardar o aparecimento de um estágio ou mesmo impedir sua manifestação. As idades médias dos indivíduos em cada estágio variam muito entre as populações.
A maioria das crianças que ingressam, na escola, pelas características que apresentam, encontram-se no período pré-operatório que é o período que surge a função simbólica e tem inicio o período que se dirigem a manipulação de objetos concretos, desdobrando-se em período simbólico e intuitivo. Esse período vai, em média, até mais ou menos os sete anos de idade, quando a criança começa a representar a realidade. É o período do faz de conta em que as crianças imitam os adultos. Na escola onde trabalho, na sala da pré-escola, têm um baú com vários objetos, sapatos e roupas para todas as idades para os alunos explorarem esse material. No momento do brinquedo livre os meninos gostam de brincar com carrinhos imitando os pais na direção, já as meninas gostam de brincar de casinha ou se vestindo com roupas de adulto imitando as mães. Nessa fase percebe-se também que a criança é egocêntrica, o que significa que não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas em relação a determinados tema ou objeto. Isso se reflete nas brincadeiras, não sabem compartilhar os brinquedos e ou material. Na rodinha de conversas falam ao mesmo tempo e não aceitam a opinião dos colegas. O pensamento da criança neste estádio é marcado pela intuição, pela percepção imediata da realidade e não pela lógica, o que gera conflito entre as crianças nas diversas interações sociais. Ivone Luz



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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Qualidade ou Economia

Estudando a história da educação espacial e pesquisa sobre esse assunto se conclui os objetivos dos programas de atendimento a esses alunos, na prática estão associados a “barateamento de custos”. A realidade dos recursos destinados a educação especial especializada com percentual é de 1%, o que comprova uma realidade de pouca inclusão e muita economia. Quando a escola especial foi pensada, o objetivo era baixar custos como as escolas não souberam diagnosticar e encaminhar os alunos que realmente precisavam desse atendimento e passaram a encaminhar alunos com dificuldade de aprendizagem, o número de alunos aumentou muito e com isso as despesas. Esse fator somado a resultado de pesquisas sobre a escola especial legitimou o ingresso desses alunos no ensino regular criando uma legislação para garantir o ensino de qualidade para esses alunos. Porém o que vimos é um descaso total sobre o assunto, falta de recursos o que impede a qualidade desses serviços uma vez que os sistemas de ensino com qualidade são os que apresentam alto grau de investimento. Esses dados fazem referência a educação especial de Porto Alegre (Azevedo2000) e também o contexto italiano (Baptista 2004).
Na Itália é apontada como exemplo de atendimento especializado com profissionais especializado atendendo em todas as instituições de ensino comum. Essa experiência italiana de inclusão/integração, apresenta pontos em comum com o trabalho presente na rede municipal de Ensino de Porto Alegre. Essa integração/inclusão reconhecida como de “qualidade”, concentra-se na rede pública dedicada à educação infantil, com investimentos em projetos experimentais com a participação de graduandos nessa área.
Os programas experimentais mencionados no texto de Claudio Roberto Baptista. fazem referência ao inicio desta década. Gostaria mais informações sobre o andamento desses programas e porque programas semelhantes não são desenvolvidas pelo estado, prefeituras em parceria com as universidades.

domingo, 19 de abril de 2009

VALORIZANDO AS ORIGENS

VALORIZANDO AS ORIGENS

“O importante é não estar aqui ou ali, mas SER. E ser é uma ciência feita de
pequenas egrandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa. Quando não
executamosessas observações, não chegamos a ser; apenas estamos desaparecendo”.
Carlos Drummond de Andrade


Ao ler o texto em Busca da Ancestralidade Brasileira de Daniel Munducuru, me reportei a minha infância quando tinha 8 anos e sai da zona rural, já que era filha de agricultor para ir morar com tios na cidade para estudar. Devido as características de criança da “roça”, diferente no modo de ser e agir, fui rejeitada e também relutei a minha condição e tinha vergonha das minhas origens. Sofri muito com a situação e foi o exemplo e sabedoria do meu pai e meu avô paterno, com seu carinho e amor que demonstravam sentir por mim me fizeram reconhecer respeitar e admirar as minhas as minhas origens.
Meu pai e meu avô, hoje falecidos, tinham muito das características do avô do índio Daniel, eram pessoas sábias, de pouca conversa, discretos que com um olhar firme me levavam a refletir sobre minhas ações. Em momento algum alteravam a voz ou eram agressivos. Admirava-os tanto que a minha preocupação em não desapontá-los me levava sempre a refletir sobre as conseqüências de minhas ações. Penso que nos dias de hoje precisamos resgatar valores que estão sendo considerados ultrapassados, está faltando exemplos do índio Apolinário, pois o mandamento da obediência e respeito aos pais e avós é a base para a ordem na sociedade.

sábado, 4 de abril de 2009

Política Educacionais

Pessoas com necessidades de Educação Especial no Brasil

No Brasil os registros demonstram que a educação para deficientes só começou a ser pensada a partir do início da década de 50. Segundo Mendes (1995), durante esse tempo, observamos que a produção teórica referente à deficiência mental esteve restrita aos meios acadêmicos, com escassas ofertas de atendimento educacional para os deficientes mentais.
Somente em meados da década de 90, no Brasil, começaram as discussões em torno do novo modelo de atendimento escolar denominado inclusão escolar. Esse novo paradigma surge como uma reação contrária ao processo de integração, e sua efetivação prática tem gerado muitas controvérsias e discussões.
No intuito de reforçar a obrigação do país em prover a educação, é publicada, em dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. O capítulo V dessa lei trata especificamente da Educação Especial, expressando no artigo 58 que a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino e, quando necessário, deve haver serviços de apoio especializado.
É interessante considerar que os serviços especializados e o atendimento das necessidades específicas dos alunos garantidos pela lei estão muito longe de serem alcançados. Identificamos, no interior da escola, a carência de recursos pedagógicos e a fragilidade da formação dos professores para lidar com essa clientela.
Em lei, muitas conquistas foram alcançadas. Entretanto, precisamos garantir que essas conquistas, expressas nas leis, realmente possam ser efetivadas na prática do cotidiano escolar, pois o governo não tem conseguido garantir a democratização do ensino, permitindo o acesso, a permanência e o sucesso de todos os alunos do ensino especial na escola.
Entretanto, não podemos negar que a luta pela integração social do indivíduo que apresenta deficiência foi realmente um avanço social muito importante, pois teve o mérito de inserir esse indivíduo na sociedade de forma sistemática, se comparado aos tempos de segregação, porém precisamos de políticas que contemplem as escolas, com os recursos necessários, para que possam efetivamente incluir alunos com necessidade de educação especial.

sábado, 28 de março de 2009

EXPECTATIVAS PARA O SEMESTRE

“ O professor que não leva a sério a sua formação, que não estude, que não se esforce para estar a altura de sua tarefa, não tem moral para coordenar as atividades de sua classe”
(Paulo Freire, Pedagogia da autonomia)



Espero conquistar mais autonomia, desenvolver minha capacidade de síntese e também de expor minhas idéias, vencer o desafio que é apresentação do portfólio, que, para mim é um grande obstáculo que enfrente ao final de cada semestre.
Espero que este semestre seja também de muitas aprendizagens, que as atividades propostas atendam minhas expectativas, que a proposta das atividades considerem as dificuldades que temos pelo fato de ser um curso EAD, e que muitos de nós temos muita dificuldade no manejo com as novas tecnologias.